Os pais de um dos bebês que morreu em agosto no hospital Ruth Cardoso de Balneário Camboriú, Litoral Norte de Santa Catarina, denunciam que o corpo ou pela exumação sem que a família fosse avisada, ou acompanhasse o processo.
O advogado de Aline Lubke, mãe do bebê de 6 meses que faleceu, Eliadh Lubke Rosa, contou que na noite desta quarta-feira (9), foi informado que o delegado responsável pelo caso acompanhou a exumação sem avisar aos pais ou à defesa.

“A legislação é clara, qualquer ação desta natureza tem que preservar a parte psicológica dos pais. Ela está muito abalada, chorando a todo momento, total desrespeito com a mãe”, desabafa o advogado.
Quem teria ado a informação para a família foi um dos coveiros. A defesa pede ainda o ao inquérito policial. “Uma barbárie o que o Delegado fez com a família”, conclui o advogado.
Processo de exumação de bebê ocorreu em agosto 261qa
O ND Mais entrou em contato com a Polícia Científica de Santa Catarina, que confirmou que o bebê ou pela exumação no fim de agosto.
A princípio, apenas Eliadh foi exumado, pois o corpo de Theo Francisco, que também morreu no hospital, ou pela perícia antes do velório.

Bebês mortos no hospital Ruth Cardoso s3mg
Dois bebês morreram no entre os dias 10 e 12 de agosto, em menos de 24 horas intervalo, no Hospital Municipal e Maternidade Ruth Cardoso em Balneário Camboriú, após apresentarem quadros respiratórios graves.
O caso mais recente aconteceu na manhã de segunda-feira (12). Aline Lubke, mãe do bebê de 6 meses que faleceu, Eliadh Lubke Rosa, explica que buscou atendimento pela primeira vez em Camboriú, mas como não teve melhora, a criança foi levada ao Ruth Cardoso na madrugada de domingo.
Primeiro caso: Eliadh Lubke Rosa 5d6n44
Eliadh foi enterrado nesta terça-feira (13) em Camboriú. Segundo a mãe, o bebê, inicialmente, estava com diarreia e falta de ar, mas foi liberado após uma avaliação médica, onde os exames teriam tido resultados normais.
Mesmo com a medicação, Aline conta que a criança não apresentou melhora, então ela a levou para o Hospital Ruth Cardoso na noite de domingo (11), por volta das 20h.

Desta vez, Eliadh já estava em uma situação mais grave e foi colocado o oxigênio. A mãe conta que ele chegou a ficar estabilizado durante a madrugada e foi encaminhado para o quarto.
Porém, o quadro voltou a piorar e Aline explica que, às 3h da manhã, teve que pedir socorro novamente para a equipe que estava de plantão. Ele teria recebido oxigênio no nariz e dois remédios na veia.
“Ela saiu e disse: ‘Daqui a pouco eu volto’. E, nesse daqui a pouco, eu comecei a gritar, não deu quinze minutos, meu filho já estava se ando, já estava roxo, sem conseguir respirar, e eu comecei a gritar: ‘Socorro, socorro, meu filho, socorro!’, e eles demoraram para vir.”, relatou a mãe de Eliadh.
Quando o médico chegou, Aline conta que ele teria pedido para ela ter calma, e juntamente com a enfermeira, tentado reanimar o bebê.
“E depois eles olharam para mim e disseram: ‘nós tentamos de tudo’. Como que eles tentaram de tudo, vocês não ficaram em cima do meu filho? Meu filho morreu dentro do hospital, num quarto comigo pedindo socorro. Como isso, meu Deus, como isso?”, conclui a mãe.
Segundo caso: Theo Francisco Neumann 63266w
O outro caso aconteceu com Theo Francisco Neumann, de 1 ano e 9 meses, levado pela primeira vez no Ruth Cardoso na última quinta-feira (8). Segundo a família, ele apresentava manchas pelo corpo e falta de ar, mas teria sido mandado para casa após uma consulta.
Conforme a mãe da criança, Theo não apresentou melhora após a medicação, por isso, no sábado (10), ela buscou atendimento na UPA 24hs (Unidade de Pronto Atendimento) das Nações, onde ele foi encaminhado novamente para o Hospital Ruth Cardoso.
A família conta que ele já estava em estado grave e precisou ser entubado, foram feitos exames e, na madrugada, ele teria apresentado estabilidade, mas logo piorou. Os médicos teriam tentado reanimar o bebê, mas ele não resistiu e morreu na manhã de domingo.
O hospital afirma que foi solicitada uma vaga de UTI pediátrica para o Theo, mas não deu tempo dele ser transferido. A mãe, alega que quando procurou atendimento na quinta-feira, já deveriam ter sido ser feitos esses exames complementares efetuados no sábado.
A mãe de Theo acusa o hospital de negligência médica, a criança foi diagnosticada com pneumonia e ela registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil.
O ND Mais entrou em contato com a Polícia Civil e a prefeitura de Balneário Camboriú, mas até às 13h desta quinta-feira (10), não obteve retorno. O espaço segue aberto.