Foram atualizados na noite noite desta quarta-feira (23), os números da tragédia de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. Já são 204 mortes provenientes do desastre que completou oito dias na última terça.
Com a nova atualização o incidente já é considerado o maior da história da cidade. Uma outra catástrofe ocorrida devido às chuvas deixou 171 mortos em 1988. Já em 2011, 73 moradores de Petrópolis perderam a vida em meio a temporais que caíram sobre a região serrana do Rio de Janeiro, atingindo mais fortemente as cidades de Teresópolis e Nova Friburgo.
O IML (Instituto Médico Legal) inculado à Polícia Civil, é o responsável pelo processo de identificação das vítimas. Segundo dados do órgão, mais de 60% são mulheres. Até o momento, 188 corpos foram identificados, dos quais 182 foram liberados para sepultamento. A liberação dos outros seis depende apenas da emissão da documentação de registro de óbito.
O temporal que desabou em Petrópolis foi apontado pelo governo do Rio de Janeiro como a pior chuva na cidade desde 1932. Segundo o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, choveu 258,6 milímetros em apenas 3 horas, gerando destruição em diversos bairros.
Carros que foram arrastados ficaram espalhados por toda a cidade, obstruindo vias e calçadas. Segundo a prefeitura, mais de 400 veículos já foram removidos e levados para o pátio do Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro (Detran-RJ), onde os proprietários poderão retirá-los. Por se tratar de uma tragédia, não haverá cobrança de taxa pelo reboque, nem multa.
Não há previsão para encerramento das buscas por vítimas. Há pelo menos 51 pessoas desaparecidas. A entrega da ferramenta, que estava em desenvolvimento há algum tempo e reúne ocorrências de todo o estado, foi antecipada diante da tragédia em Petrópolis.
Os trabalhos de busca mobilizam mais de 600 militares, sendo aproximadamente 500 do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro e o restante enviados de outros estados em solidariedade. Segundo a corporação fluminense, além dos mortos localizados, 24 pessoas foram resgatadas com vida.
O último corpo encontrado foi de um homem de aproximadamente 50 anos. Ele foi avistado nesta quarta dentro do Rio Quitandinha. Os bombeiros também resgataram mais cedo uma gata com vida. Ela ficou nove dias presa sob os escombros e foi encaminhada para cuidados veterinários, já que está com a saúde debilitada devido à falta de água e de alimentação.
*colaborou Agência Brasil