Uma perícia particular contratada pelo pai de Emily Rodrigues trouxe novos detalhes para o caso. A análise dos peritos é de que a brasileira que caiu de prédio na Argentina foi assassinada. Ela estava em uma festa privada no apartamento de um empresário argentino, em Buenos Aires.

Durante os últimos 18 meses, o pai da brasileira que caiu de prédio, Aristides da Silva Gomes, tem se empenhado no caso. “Quero que a justiça seja colocada em prática, não vai ar em branco”, afirmou o pai ao Fala Brasil, da Record TV.
Segundo ele, a filha foi vítima de um crime, articulado pelo empresário dono do apartamento, Francisco Valiente, e a médica brasileira, Juliana Mourão.
Relembre o caso da brasileira que caiu de prédio na Argentina 3z2c10
O caso aconteceu em 30 de março de 2023. Emily Rodrigues, de 26 anos, morreu após cair do sexto andar de um prédio em Buenos Aires, na Argentina. Ela participava de uma festa privada com outras brasileiras no apartamento de Francisco Valiente, empresário argentino do agronegócio.

O empresário chegou a ser preso, suspeito de envolvimento na morte da brasileira. Porém, 20 dias depois, a Justiça alegou falta de provas e ele foi solto. Na versão de Francisco, a brasileira que caiu de prédio teve um surto e se jogou pela janela. Ele teria tentado segurá-la, mas não conseguiu.
Para o pai de Emily, a festa foi o pretexto para um crime. “Torturaram ela, vergonhosamente, e jogaram ela nua pela janela, pois ela não queria ter relações sexuais na festa”.

Na perícia, foram encontradas as roupas da brasileira que caiu de prédio espalhadas pela casa. Os peritos também analisaram duas ligações telefônicas feitas pelo empresário argentino para a polícia. Durante as chamadas, ele afirmou que Emily estava muito alterada pelo uso de álcool.
Segundo o desenho da cena feito pela perícia, a ligação foi uma forma de ocultar o que acontecia no local. Pela análise das ligações, a perícia particular afirma que é possível ouvir gritos de uma mulher, que seria Emily. A conclusão é de que a médica Juliana Mourão estava segurando Emily Rodrigues e evitando que ela conseguisse se comunicar com a polícia.
Depois da queda, o apartamento foi lacrado e não deveria ser aberto até a perícia argentina chegar. Porém, na chegada dos peritos, o local foi encontrado totalmente limpo, com remoção da pintura da janela e sem nenhuma mancha de sangue.