
Uma carga com 14,5 toneladas de tainha, apreendida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), virou alimento para instituições beneficentes do Sul catarinense e do Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A apreensão aconteceu no último sábado (24) em o de Torres.
O coordenador da operação realizada pelo Ibama, Luiz Eduardo Bonilha, justificou a apreensão e disse que a carga estava em condições para consumo. Por isso foi encaminhada para doação. “Estava com gelo e sem indício de pescado impróprio para consumo. (A carga) estava com comprovante de origem inválido e inidôneo”, justificou.
Virou doação: 14,5 toneladas de tainha vão para entidades beneficentes de SC e RS 5l4k37
Após a apreensão, a Polícia Militar Ambiental acionou o Bairro da Juventude, em Criciúma, que fez contato com a Cruz Vermelha. Foi então que uma grande mobilização iniciou para distribuir rapidamente a carga e evitar que o alimento estragasse.
Mobilização aconteceu no bairro São Defende, em Criciúma – Vídeo: Divulgação/ND
O centro da operação, orientada pelo coordenador da equipe Multi-Institucional, Almir Fernandes, ou a ser na sede da Arpoc (Associação Recreativa dos Policiais), no bairro São Defende, em Criciúma, que recebeu representantes de instituições devidamente regularizadas.
“Isso durou desde as 18 horas de sábado até por volta das 22 horas. Esse foi o tempo em que as pessoas tiveram condição de buscar essa carga de donativos. Eram peixes fresquinhos e só tínhamos essa preocupação: de fazer chegar o mais rápido possível nas instituições e que essas instituições também fossem ágeis de fazer a redistribuição”, explicou.
Ao todo, mais de 50 entidades beneficentes foram contempladas com doações. A quantidade de peixe apreendido possibilitou o alcance de instituições nas regiões da Amrec (Associação dos Municípios da Região Carbonífera), Amesc (Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense), além de duas associações gaúchas, uma de Osório e outra de Três Forquilhas.
A quantidade de tainha doada chamou a atenção do próprio coordenador da equipe Multi-Institucional, que já é habituado a lidar com ações solidárias.

“São 707 caixas de peixe. A gente tem recebido doações em muitas situações onde há um estoque em um galpão ou em uma distribuidora. Então a gente já conseguiu esse ano, em algumas situações, mas não nesse volume tão grande. Como temos uma rede grande de instituições cadastradas, conseguimos distribuir com facilidade”, argumentou.
Também participaram da mobilização policiais civis, militares, membros da Defesa Civil, UABC (União das Associações de Bairros de Criciúma), FCC (Fundação Cultural de Criciúma) e do Bairro da Juventude.