Em coletiva realizada na tarde desta quarta-feira (05) na prefeitura de Blumenau, o comandante geral da Polícia Militar (PM) de Santa Catarina, Aurélio José Pelozato da Rosa, comentou sobre as medidas que já são tomadas no Estado e lamenta não ter podido impedir o ocorrido, pois por uma triste coincidência, a guarnição estava a apenas cinco minutos de distância da creche onde o ataque foi cometido.

“Por uma triste coincidência, nós estávamos a cinco minutos do local e isso nos entristece muito, porque eu ouvi de vários policiais que cinco minutos antes a gente teria evitado essa tragédia”, lamentou Pelozato.
O comandante da PM ainda relatou que a tropa já realizou um treinamento com mais de 400 professores em Blumenau. Na última semana, foi encerrado um treinamento específico para esses eventos, chamado em outros países de “atirador ativo”.
No Brasil, esse treinamento foi nomeado como “ocorrência com várias ou múltiplas vítimas”, já que os ataques não são cometidos apenas com armas de fogo, sendo utilizadas outras armas, como neste caso registrado em Blumenau, onde o autor utilizou uma machadinha.
“É um cenário muito triste, a corporação está de luto. Na conversa com o governador Jorginho Mello tratamos de providências que serão tomadas nos próximos dias no Estado todo. Nós temos um Estado todo para cuidar”, informou.
O comandante da PM ainda reforçou que a corporação está fazendo um trabalho de prevenção em todo o Estado de Santa Catarina e comentou sobre o Código de Postura do Plano Diretor da cidade, onde podem ser tomadas algumas providências para facilitar o trabalho policial.
Ele citou como exemplo a Arquitetura de Prevenão dos Crimes, como o tipo de construção de obras realizadas nas escolas e o material que pode ser usado. “Um cercado, por exemplo, que permita a Polícia Militar circular ao redor e enxergar dentro do terreno, que as pessoas que am pela rua também possam verificar o que está acontecendo de ruim e possam nos telefonar”, destacou Pelozato.
Medidas de prevenção já eram realizadas 503r6f
Segundo o comandante geral da Polícia Militar, a corporação já havia realizado mudanças na rotina do programa Proerd, aplicado pela corporação nas escolas municipais.
Foi combinado com o programa que as aulas do Proerd fossem realizadas na parte da manhã, sempre na entrada dos alunos, porque o policial iria para a escola dar a aula e já realizava a segurança da entrada e saída dos alunos. Também teria a presença dos policiais na entrada e saída da parte da tarde.
Ele explica que rondas realizadas pela PM também podem ajudar a impedir este tipo de ataque nas escolas e cita também a Rede de Vizinhos, que pode auxiliar no trabalho da corporação.
“Com a nossa ronda escolar, cobriria outras lacunas, onde não está o nosso efetivo do Proerd. Intensificar a participação da sociedade, como a rede de vizinhos, pois o vizinho ao lado está cuidando do vizinho e pode ver algo e nos informar”, destaca .
Atendimento 4q612i
O comandante Pelozato também relatou sobre o atendimento da corporação às vítimas do ataque na creche Cantinho Bom Pastor. A Polícia Militar foi acionada e auxiliou no socorro às vítimas junto com o Corpo de Bombeiros e o SAMU. O efetivo que estava de folga no plano de chamada também foi acionado para atender a ocorrência.
Pelozato ainda relatou que foi pedido apoio das cidades vizinhas, pois aram a surgir outros supostos casos de ataque em escolas, dado como falsos posteriormente.
“Foi difícil o trabalho inicial feito com os bombeiros e com o SAMU. Nós tínhamos que segurar as crianças em determinado ambiente até que os pais viessem buscá-las. Ficamos um pouco agoniados, porque sem os pais, não tinha como liberar aquelas crianças”.
O ND+ não irá publicar os nomes do autor e das vítimas do ataque, assim como imagens explícitas do crime. A decisão editorial foi feita em respeito às famílias e ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), também para não compactuar com o protagonismo de criminosos.