As investigações sobre a queda do avião da FAB (Força Aérea Brasileira) em Canelinha, na Grande Florianópolis, que foi encontrado no último sábado (5), deve levar mais de um mês para a conclusão.

O delegado responsável e titular da delegacia de Tijucas, Alison Rocha, explica que, inicialmente, é necessário aguardar o exame de necropsia do corpo das vítimas.
“É um fato complexo e envolve muitos detalhes. Por conta disso, é necessário aguardar o laudo do exame que deve levar cerca de 20 dias para a conclusão”, explica o delegado.
Mesmo assim, a Polícia Civil já iniciou as investigações próximas do local onde a aeronave caiu. No entanto, nenhuma testemunha foi identificada para trazer mais informações sobre o momento antes da queda do avião.
“Dentro dessa realidade, entra-se em contato com o comando da aeronáutica para saber o itinerário da aeronave, o plano de voo, saber o perfil dos pilotos e também a ficha técnica. Em seguida, realizar as oitivas formais de responsáveis pela autorização do voo”, complementa.
Além disso, o delegado Alison Rocha classifica o incidente ainda como recente e que será possível chegar próximo da motivação apenas em três ou quatro semanas.
Por fim, o titular da delegacia de Tijucas aponta que a FAB fica responsável pelas investigações da causa da queda do avião como, por exemplo, se houve falha mecânica. Enquanto isso, a Polícia Civil trabalha na busca de indícios de um possível crime.
“O avião caiu e duas pessoas morreram. Então, é necessário entender o motivo dessas perdas e também da queda”, finaliza.
Relembre o caso 2i3m4n
O Avião modelo T-25, usado para instrução, partiu de Pirassununga, em São Paulo, e tinha como destino final Florianópolis. No entanto, perdeu-se o sinal ainda na tarde da última sexta-feira (4).
Em seguida, o Corpo de Bombeiros Militar e a FAB iniciaram as buscas entre Canelinha e Tijucas. A aeronave foi encontrada no final da manhã de sábado (5), na localidade de Rolador, em Canelinha. O corpo dos dois tripulantes foi localizado carbonizado próximo dos destroços do avião.
Quem são as vítimas do acidente 4r6f3h
Sérgio Branquinho Junior tinha 22 anos e era de Ribeirão Preto (SP). Cursava o 4º ano na AFA (Academia da Força Aérea Brasileira), já perto de se formar.
Rodrigo Alves da Silva nasceu em Japeri (RJ) e era capitão. A prefeita da cidade, Fernanda Ontiveros, lamentou a morte: “Capitão Rodrigo era filho de nossa cidade, foi aluno da E.M. Ary Schiavo e grande orgulho para sua família e amigos de Japeri”.
A FAB divulgou nota com condolências, disse que presta apoio aos familiares e que deve investigar o acidente.