Uma mulher foi presa nesta quarta-feira (2) em São José, na Grande Florianópolis, suspeita de aplicar golpes na venda de veículos. Segundo a Polícia Civil, ela própria foi vítima da fraude, mas ou a namorar o golpista e cometer o crime. Desde então eles fizeram mais de cem vítimas no Brasil. O companheiro foi preso no último mês.

Os dois anunciavam os veículos pela internet, sendo que o homem chegou a ter uma “revendedora” física em Biguaçu, município vizinho a São José. As vítimas que realizavam as compras acabavam não recebendo o veículo ou adquirindo um produto que ainda estava em financiamento.
A mulher foi vítima do golpe no início de 2021, mas ou a cultivar uma relação amorosa com ele. Ela virou companheira também na prática dos golpes, em novembro daquele ano, detalha o delegado Leonardo Silva, titular da Delegacia de Defraudações – que integra a Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais).
Na época ela abriu uma também abriu um revenda de veículos, mas no Tocantins, deixando no prejuízo financeiro diversos moradores do estado nortista. Juntos, os dois abriram mais de 60 contas bancárias. A investigação não detalhou a idade de ambos os suspeitos.
Para manter o esquema eles se mudavam constantemente: já tiveram endereço em Itapema, Governador Celso Ramos, entre outros municípios. A prisão da suspeita ocorreu enquanto ela se preparava para mudar novamente de casa, detalha o delegado.
O homem foi preso no dia 17 de fevereiro. Quando soube das investigações, ele tentou fugiu do local onde morava, fechou loja e entregou o imóvel. Os policiais o acharam em um restaurante em Governador Celso Ramos, também na Grande Florianópolis.
Mais de R$ 4 milhões de prejuízo 4l435k
Dentre as 100 vítimas, mais de 42 são catarinenses. “Somados os valores pagos pelas vítimas, apenas em Santa Catarina, chegou-se ao valor de R$ 2 milhões, sendo que o prejuízo total causado pelo investigado, ultraa R$ 4 milhões, se somado os valores pagos pelas vítimas de outros Estados”, detalha a Polícia Civil.
Os dois foram indiciados pelos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro. A mulher foi encaminhada ao Presídio da Capital, onde permanecerá à disposição da Justiça. Atualmente o inquérito está em análise pelo Ministério Público, que pode apresentar denúncia.