Samir Ahmad, prefeito de Laguna, no Litoral Sul de Santa Catarina, estava em viagem com a família na Terra Santa, entre Israel e Palestina, quando foi surpreendido pelos conflitos na Faixa de Gaza. No último sábado (7), o gestor informou pelas redes sociais que teve seu voo de retorno ao Brasil cancelado.

Sons dos mísseis e sirenes 3g6y2s
“Estávamos em Ramallah (Palestina), cerca de 70 quilômetros de Tel Aviv (Israel). De lá, a gente conseguiu ouvir os sons dos mísseis explodindo e das sirenes. Foram alguns dias bastante angustiantes. A falta de informação é muito grande. O que a gente fica sabendo é pela rede social e, às vezes, pela TV”, disse Ahmad, à Rádio Eldorado, nesta segunda-feira (9).
Conforme o prefeito de Laguna, combustíveis já estão faltando na região de Ramallah. “As fronteiras estão todas fechadas. Há grande possibilidade de desabastecimento dos gêneros de primeira necessidade, o que nos leva a tomar a decisão de buscar alguma alternativa e sair o mais rápido possível”, afirmou.
Prefeito e família embarcam nesta segunda 335q18
Desde cedo, Ahmad está com a esposa e a filha no Aeroporto de Ben Gurion, em Tel Aviv. “A boa notícia para muitos que estão aqui é que um voo vai sair em direção a Dubai e nós estamos incluídos, aguardando apenas o nosso embarque”, completa o prefeito.
“A gente sente pelos que não vão conseguir embarcar”, acrescentou.
O gestor tem familiares na região e, a cada cinco anos, viaja para lá. “A gente costuma vir muito aqui, em Jerusalém, Belém… Além de rever nossos parentes, renovamos a nossa fé e, por isso, acredito que estamos fortalecidos e com muita serenidade para enfrentar esse desafio e chegarmos em casa”, finaliza.
Sobre os conflitos 364t6x
Israel foi invadida por terroristas do grupo Hamas, o que resultou na morte de mais de 600 civis e militares israelenses. Cerca de duas mil pessoas ficaram feridas. Na noite de sábado, o gabinete de Segurança declarou estado de guerra no país. Com a oficialização, o governo pode realizar “atividades militares significativas”.
Em resposta, a Força Civil de Israel atacou o grupo extremista na Faixa de Gaza. Dos dois lados, estima-se a morte de pelo menos duas mil pessoas.

Estima-se que mais de mil radicais do Hamas tenham se infiltrado em território israelense, algo nunca visto. Eles assam civis e militares, sequestraram pessoas e até corpos de israelenses foram levados para Gaza.
“Conseguimos matar e capturar muitos soldados israelenses. A luta ainda está acontecendo. Quanto aos nossos prisioneiros, digo que a liberdade deles está se aproximando. O que temos em mãos os verá libertados. Quanto mais a luta continuar, maior será o número de prisioneiros”, disse o vice-chefe do Hamas, Saleh al-Arour, à TV Al Jazeera.