
A Polícia Civil do Rio de Janeiro procura por três foragidos suspeitos de maus-tratos aos pacientes em uma clínica clandestina em Magé. Um deles, Vinicius Trajano Vieira, é apontado como dono do estabelecimento e suspeito de estuprar uma paciente na unidade.
Na sexta-feira (23), uma mulher suspeita de abusar de pacientes da clínica foi presa. A investigação aponta que os pacientes eram submetidos a abusos, cárcere privado, maus-tratos e estupros. O estabelecimento era exclusivo para mulheres e voltado para reabilitação social.
“Ele [Vinicius] era o dono dessa clínica. Segundo as investigações, ele é acusado de usar drogas e promover festas dentro da clínica. Em uma dessas festas, ele cometeu o estupro”, afirma a delegada Débora Rodrigues.
O local havia sido fechado em janeiro após a vigilância sanitária constatar péssimas condições de higiene. A Polícia Civil seguiu investigando a clínica clandestina e descobriu as práticas criminosas.

“Descobrimos que essas vítimas pagavam R$ 1,4 mil e estavam lá em cárcere, sofriam maus-tratos e o local era insalubre. Não existia equipe multidisciplinar para dar remédios aos pacientes, nada disso”, declara Débora.
Desde o fechamento da clínica, pelo menos 13 mulheres foram ouvidas e relataram os maus-tratos. O local funcionou por cerca de seis meses e há suspeita de que os donos do estabelecimento planejassem abrir novas unidades.
Grupo que comandava clínica clandestina teve prisão preventiva decretada 4uq
Os envolvidos foram indiciados e a Justiça decidiu pela prisão preventiva de quatro investigados. Três deles, porém, ainda não foram localizados. O grupo já foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes e as penas podem ultraar os 30 anos de prisão.
A mulher presa na sexta-feira era uma ex-interna da clínica que foi promovida a coordenadora do local. Ela não possuía formação técnica e istrava medicamentos de uso controlado. Além disso, impunha regras com violência e teria agredido as mulheres internadas.