Enquanto o STF (Supremo Tribunal Federal) julga um pedido de habeas corpus feito pela defesa de Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé Trovão, a mulher do caminhoneiro reclama de dificuldades em visitar o marido, detido no presídio de ville, no Norte de Santa Catarina.
Em um grupo criado pelo caminhoneiro em uma plataforma de mensagens, a companheira dele, identificada como Jéssica, disse ter sido impedida de fazer a visita por não ter o comprovante de vacinação completa contra a Covid-19.
“Hoje eu teria uma visita presencial com o Marcos, porém fui barrada na portaria por não ter as vacinas. Não fui avisada, nem comunicada que precisaria disso! É inacreditável!”, escreveu. Zé Trovão está preso em ville desde outubro, quando se entregou à Polícia Federal.

Apesar da reclamação, a exigência do comprovante de imunização completa contra a Covid-19 é, de fato, uma regra da Secretaria de Estado da istração Prisional e Socioeducativa para as visitas, conforme portaria publicada em novembro.
Para fazer visitas a detentos do sistema prisional catarinense, é preciso apresentar o comprovante, além de usar máscara, álcool em gel, aferir a temperatura e estar sem sintomas de Covid-19.
Julgamento do habeas corpus de Zé Trovão já tem um voto 1do4p
O julgamento do pedido de habeas corpus em favor de Zé Trovão começou na sexta-feira (3). A defesa pede que ele seja autorizado a cumprir prisão domiciliar e que tenha a prisão substituída por medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.

Os ministros têm até o dia 13 de dezembro para votar e, um deles, já registrou voto. O ministro Luís Roberto Barroso votou contra o pedido de habeas corpus por entender que a defesa não trouxe novos argumentos a favor do caminhoneiro.
Zé Trovão segue preso acusado de ter incentivado atos contra a democracia durante as manifestações de 7 de setembro. Ele chegou a ar quase dois meses foragido no México antes de voltar ao Brasil.