Uma estudante de Odontologia, identificada como Thamily Venâncio Ereno, de 23 anos, foi baleada durante operação da PCSC (Polícia Civil de Santa Catarina), em Criciúma, no Sul do estado, na tarde de sexta-feira (21), por volta das 14h30. A vítima está internada em estado grave no Hospital São José, com quadro de morte encefálica confirmado.

Alvo era namorado da estudante, baleada em operação da PCSC v3j63
Segundo relatório, os policias civis estavam cumprindo um mandado de prisão, no bairro São Sebastião, de um jovem de 20 anos, companheiro da vítima, envolvido com crimes de tráfico de drogas e organização criminosa. No momento da abordagem, o foragido estava dentro de um carro de aplicativo.
O motorista não obedeceu à ordem de parada da PCSC e acelerou, em marcha ré, na direção dos policiais. Um disparo foi realizado e acabou atingindo a cabeça de Thamily, que recebeu atendimento médico ainda no local pela equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e, posteriormente, sendo encaminhada ao hospital, onde permanece em observação.

No início da tarde deste sábado (22), por volta das 13h, o delegado da PC de Criciúma, André Milanese, informou que o hospital confirmou o quadro de morte encefálica, mas a vítima ainda continua respirando. O motorista do carro de aplicativo, um homem de 42 anos, recebeu voz de prisão em flagrante por tentativa de homicídio e desobediência, sendo encaminhado ao presídio. O companheiro da vítima, foi encaminhado à Delegacia de Investigação Criminal.
Por meio de uma nota, a defesa do motorista de aplicativo informou que o profissional realizava uma viagem para um casal. “Ao chegar ao destino, foram surpreendidos pelo que acreditaram ser um assalto, já que dois homens armados desceram de uma viatura descaracterizada e partiram em direção ao carro”, diz um trecho da manifestação.
A defesa ainda argumentou que o motorista, após ser encaminhado até a Delegacia de Polícia para prestar depoimento, “se viu envolvido em uma articulação policial que buscava colocar sobre si a responsabilidade de uma infundada tentativa de homicídio contra os agentes policiais”. Os advogados também ressaltam que os envolvidos foram ouvidos, “exceto a policial que efetuou o disparo fatal contra a jovem”.