Mais de cinco milhões de pessoas tiveram o Whatsapp clonado no Brasil, em 2020. Essa tem se tornado uma prática comum, que requer atenção de quem utiliza os aplicativos de celular. Mas outra modalidade de golpe tem ocorrido, logo depois que os criminosos conseguem entrar no sistema do usuário.

Um dos exemplos de como os criminosos convencem as pessoas com facilidade é o da digital influencer Raphaele Mattar. Os muitos contatos na agenda e os negócios que faz acabaram confundindo ela quando recebeu uma proposta pelo celular.
“Eu recebi um link de um salão e quando eu abri esse link para fazer os dados como cliente, na hora, sumiu todos os dados do meu Whatsapp. Eu não desconfiei porque eu até achei que fosse algum problema de atualização do Whatsapp. Na sequência, quando eu comecei a tentar atualizar, ele não atualizava”, contou Raphaele.
Horas depois de ter o aplicativo clonado, a digital influencer começou a receber ligações de amigos e familiares perguntando sobre solicitações de empréstimos. Foi quando ela percebeu o golpe.
“O meu irmão que mora em Rondônia, como é meio complicado da gente se conversar, ele acabou quase depositando. Ele tentou ligar para mim, achou que eu tava precisando desse dinheiro para fazer alguma transação e quase que ele depositou”, relatou a Raphaele.
Os criminosos costumam operar de maneira similar com outras vítimas. Elas recebem uma mensagem de uma empresa ou de alguém se ando por atendente de telemarketing. Logo depois de clicar no link enviado pelos golpistas, a pessoa recebe um código através de SMS. Ao ar o código para os falsos atendentes, eles am a ter o ao gerenciamento do Whatsapp.
“Eu tava vendendo meu imóvel e apareceu para mim uma foto de um corretor me solicitando entrar num grupo de Whatsapp de compra e venda de imóveis. Eu aceitei, ele me pediu para confirmar um código que eu ia receber, como se fosse uma permissão para entrar no grupo, e na hora, andando na rua distraído, acabei pegando esse código e reei para ele. Então, eles acabaram pegando a minha conta de Whatsapp. (…) Somente após algumas denúncias consecutivas, o Whatsapp pôde bloquear essa conta e eu pude, após cinco dias, ter o”, disse o personal trainer Rafael Libanio da Silva.
Segundo o delegado Arthur Lopes, “o criminoso acaba se apossando dos códigos de autenticação e recuperação da conta de Whatsapp dessa vítima. Então, ele acaba clonando o Whatsapp e tendo o aos seus contatos. Por meio desse o, ele a a ludibriar as vítimas (…) e solicita transferências bancárias, geralmente por meio de pix”.
Entre os cinco crimes praticados com maior frequência, a clonagem do Whatsapp continua liderando. A única maneira de não cair nesse tipo de golpe é estar atento e não compartilhar dados pela internet.
“A pessoa nunca deve fornecer códigos solicitados por meio de Whatsapp, geralmente são códigos de autenticação e recuperação de conta. Então, a pessoa tem que ter em mente que esse código é sempre pessoal”, orientou o delegado.
Confira a reportagem do Cidade Alerta.