Uma mulher de 26 anos foi encontrada morta dentro de casa na noite da segunda-feira (27), em Erval Velho, no Meio-Oeste de Santa Catarina. A vítima, identificada como Kerlyn Tiepo Zanon, estava grávida de 10 semanas e foi assassinada a facadas.

O Corpo de Bombeiros Militar foi acionado por volta das 20h30, na estada geral da Linha São Pedro, interior do município. No local, os socorristas encontraram a mulher morta e com um corte de faca no pescoço. A PM (Polícia Militar) também esteve no local.
Conforme os bombeiros, na casa também estava a sogra da vítima, uma mulher de 59 anos. Ela foi encontrada sentada na varanda em estado de choque e precisou ser levada para atendimento médico no Hospital Universitário Santa Terezinha de Joaçaba.
O principal suspeito do crime é o companheiro da mulher, de 31 anos, preso em flagrante pela PM. Após ser contido pelo pai e vizinhos, ele foi encaminhado à delegacia de Polícia Civil de Joaçaba. O crime de feminicídio está sendo investigado.
Segundo informações da Polícia Civil, Kerlyn vivia com o companheiro e os sogros em uma propriedade rural. “O investigado teria usado drogas e, descontrolado, atacou a companheira. Seu pai acabou intervindo ao ouvir pedidos de socorro. Porém, quando conseguiu entrar na casa a vítima já estava ferida e faleceu no local com um ferimento no pescoço causado por faca”, informou o delegado Leandro Antonio de Sales, responsável pelas investigações.
Conforme a Polícia Civil, o casal não tem histórico de violência e a família disse que a convivência era harmoniosa. Além disso, o autor do crime estava feliz com a espera do filho. “Portanto, não houve a definição de uma motivação específica identificada até o momento. Em seu interrogatório, o autor alegou que não se recorda do fato e lembra, apenas, do pai tentando segurá-lo e de ver o corpo da mulher no chão, sem saber o que houve”, acrescentou.
Ele ainda teria dito que não houve discussão com a companheira e confessou o uso de cocaína há vários anos. O autor foi autuado em flagrante pelo crime previsto no art. 121, com a qualificadora dos parágrafos 2º, inciso VI, e 2º-A, inciso I, bem como causa de aumento de pena pelo estado de gravidez da vítima previsto no parágrafo 7º, todos do Código Penal Brasileiro.
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Nas redes sociais, amigos e familiares lamentaram a morte brutal da jovem. “Tão linda, tão jovem, tantos planos e sonhos não concretizados! A gente conversou ontem, você me disse que estava feliz que seu bebê estava bem. Até quando vamos ter que aceitar isso? A lei muda, a os anos e continua tudo igual. Justiça! Por ela e por todas as mulheres que am por isso! Na justiça de Deus nada a batido. Descansa em paz. Brilha lá no céu, igual brilhava aqui”, escreveu uma amiga.
“De alguma forma, eu prefiro acreditar que o céu precisava de mais brilho, por isso você se foi… Mas viver sem a sua presença será extremamente difícil”, publicou outra.