
A Polícia Civil deflagrou nesta quinta-feira (12) uma operação contra agiotagem em Santa Catarina, com alvos também em Minas Gerais. O principal investigado, conhecido como “Cuiabá”, foi preso em flagrante no bairro Itoupava Central, em Blumenau.
Segundo as investigações, ele atuava como cobrador ilegal de dívidas com o apoio de empresários, um advogado e outros envolvidos. A operação cumpriu mandados em Blumenau, Gaspar, Indaial (SC) e Uberlândia (MG).
Vídeo mostra momento da prisão de “Cuiabá” b4r2o
O cobrador “Cuiabá” foi preso em casa, em Blumenau, durante uma operação da Polícia Civil contra agiotagem em Santa Catarina – Vídeo: Divulgação/Polícia Civil de Santa Catarina/ND
Polícia desmantela esquema de agiotagem em Santa Catarina 555c1j
Segundo as investigações, “Cuiabá” era contratado para pressionar familiares com violência psicológica e constrangimentos, quando os devedores não eram encontrados.
O advogado investigado teria contratado “Cuiabá” para cobrar uma dívida já reconhecida pela Justiça, mas não quitada. Ele também o chamou ao escritório para tratar de novas cobranças, indicando uma relação contínua e voltada à intimidação de devedores.
Um policial militar também é investigado por rear informações sigilosas sobre vítimas e familiares ao cobrador ilegal, usando o o privilegiado do cargo.
Um empresário do ramo de estofaria também é investigado por conceder empréstimos a juros abusivos e acionar “Cuiabá” para cobrar os valores com métodos violentos e intimidatórios.

Com base nas provas reunidas, a Justiça decretou a prisão preventiva de “Cuiabá” e autorizou mandados de busca e apreensão nos endereços dos envolvidos.
O policial militar foi afastado de todas as funções, inclusive istrativas, para não interferir na investigação. Também foram autorizadas medidas cautelares bancárias e fiscais.
“Cuiabá” também foi preso em flagrante por portar munições de uso e usar indevidamente um adesivo da Justiça Federal no carro, tentando dar aparência legal às abordagens. O veículo foi apreendido.

Durante as buscas, a polícia encontrou quase R$ 4 milhões em cheques, cerca de R$ 90 mil em dinheiro, notas promissórias, documentos ligados à agiotagem, uma arma e munições.
O inquérito apura possíveis crimes de extorsão, corrupção ativa e iva, violação de sigilo funcional e agiotagem. As investigações continuam com a análise dos materiais apreendidos para identificar outros envolvidos e responsabilizar os autores.