A FAB (Força Aérea Brasileira) identificou às 8h desta terça-feira (4) um avião suspeito entrando no Brasil por meio da fronteira entre o Paraná e o Paraguai. A aeronave não tinha autorização e plano de voo. O piloto botou fogo no avião e fugiu após perceber que estava sendo perseguido.
Os trabalhos coordenados pelo Ministério da Defesa ocorreram no âmbito da Operação Ágata Conjunta Sul. As ações são realizadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. A força-tarefa visa reduzir crimes como tráfico de drogas, tráfico de pessoas, descaminho, entre outros.
Homem fugiu e botou fogo na aeronave após ser descoberto – Foto: FAB/Divulgação/ND
A aeronave suspeita, de modelo PA-28, adentrou o Brasil na região Oeste do Paraná. Na sequência, o piloto da aeronave suspeita pousou em uma pista na cidade de Tuneiras do Oeste (PR), de acordo com o Comando Conjunto Sul.
Em resposta, a FAB encaminhou as aeronaves de defesa aérea A-29 Super Tucano e o avião radar E-99,da FAB para monitorar o avião. “Os pilotos de defesa aérea seguiram o protocolo das medidas de policiamento do espaço aéreo brasileiro“, destacou a Força Aérea.
O piloto incendiou o avião antes da chegada dos agentes policiais. Até o início da tarde desta quarta-feira (4), o suspeito não tinha sido encontrado. O material que era transportado pela aeronave é desconhecido, de acordo com a FAB.
Operação Ágata Sul 6r3p3p
A operação é realizada com a coordenação da Polícia Federal e apoio da Polícia Militar do Paraná. Segundo o Comando Sul, a Operação é a maior ação de combate aos crimes transfronteiriços em 2023. É a primeira vez que a força-tarefa na fronteira é realizada simultaneamente no Uruguai e no Paraguai. Os três Estados cooperam nas ações.
Além da interceptação de aeronaves, as forças de segurança também apreenderam até então cigarros e drogas nos três Estados. Os trabalhos começaram no dia 1º de julho e ainda não tem data para terminar, conforme a FAB anunciou na manhã desta terça-feira (4).
A Operação Ágata Sul é um “trabalho interagências, coordenada pelo Ministério da Defesa, e com a atuação da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro, da Força Aérea Brasileira, da Polícia Federal, da PRF (Polícia Rodoviária Federal), da Receita Federal, da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência), do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), da Anvisa, do ICMBio, da ANATEL,das Secretarias de Segurança Pública/Polícias Militares/ Polícias Civis/ Corpo de Bombeiros Militares e das Secretarias de Agricultura dos Estados da Região Sul do País, bem como de outros órgãos de fiscalização federais, estaduais e municipais.
