O exército israelense teria encontrado o “manual de sequestro”, documento utilizado pelo do Hamas que revela regras e como teria sido planejado o ataque do grupo contra Israel em 7 de outubro. As informações são do Domingo Espetacular.

O exército israelense alega ter encontrado documento que detalha táticas de sequestro e assassinatos no bolso de um dos integrantes do Hamas durante o conflito.
Segundo Gabriel Bem Tascal, professor, escritor e especialista em grupos radicais islâmicos, o ataque não foi aleatório.
“O documento foi bem planejado, foi um manual bem feito, não foi algo improvisado”, afirmou.
Hamas teria orientado a matar vítimas que representassem ameaça 25454a
São oito tópicos: o primeiro fala em pegar reféns em diversos locais dentro das áreas pré-determinadas nos mapas, e depois, reunir os reféns em um ou dois lugares a serem definidos no campo de ação.
O segundo fala sobre o controle dos reféns e orienta a matar qualquer um que possa ser uma ameaça, causar distração ou perturbação. Ainda fala sobre fazer ameaças indiretas, como usar fumaça, granadas, choques elétricos. Neste tópico, matar seria o último recurso.
Em terceiro, o manual fala que os reféns devem ser revistados, ter os documentos recolhidos, as pessoas amarradas pelos punhos e pelos calcanhares e usados como escudo humano, se necessário.
O documento também fala em separar mulheres e bebês dos homens e voltar a recomendar que sejam mortos quem causar problemas ou representem ameaça.
“Para os líderes do Hamas não há diferença entre uma criança e uma mulher porque potencialmente todos podem ser soldados de Israel, quem não é soldado hoje, será um soldado amanhã”, diz Tascal.
Em quarto lugar, afirma que é preciso roubar das casas o máximo de comida possível. É preciso, segundo o manual, organizar alimentos, bebidas, iluminação e itens de primeiros socorros. Além disso, os soldados do Hamas teriam sido orientados a não usar seus próprios suprimentos para atender os reféns.
O quinto tópico relata que os terroristas não informem:
- Número de reféns;
- Onde estão escondidos;
- Com quais líderes estão falando;
- Não falem sobre as mudanças de local de cativeiro;
- Cubram as janelas;
- Nunca digam ao inimigo o número de mortos ou feridos;
- Devem mostrar força e nunca demonstrar fraqueza ou medo.
O sexto e o sétimo tópico falam sobre a comunicação. Entre as orientações, o manual orienta a:
- Usar comunicações seguras;
- Fornecer celular para o soldado;
- Conectar-se as redes de Israel o máximo possível;
- Não usar sinal de wi-fi aberto;
- Fazer transmissões de vídeo ou áudio;
- Fazer transmissões dos atos do grupo ao vivo;
- Não gastar a bateria das câmeras, mas usá-las o máximo possível.
Por último, o manual diz que as negociações políticas devem ser feitas pelos líderes do grupo. O documento ainda trás informes sobre os uniformes israelenses e das armas usadas pelas forças de defesa de Israel.