Ex-diretores e ex-executivos das Lojas Americanas são alvos de operação da Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira (27). Segundo a investigação, eles são suspeitos de participação em um esquema de fraude contra o mercado financeiro e formação de organização criminosa.
Polícia Federal cumpre mandados em endereços ligados a ex-diretores das Lojas Americanas – Foto: Polícia Federal/ Divulgação/ NDO ex-presidente da rede, Miguel Gutierrez, e o ex-CEO, João Guerra Duarte Neto, estão entre os alvos da ofensiva. A Polícia Federal cumpre dois mandados de prisão preventiva e outros 15 de busca e apreensão em endereços ligados aos dois, no Rio de Janeiro.
Ex-diretores das Lojas Americanas são suspeitos de manipulação de mercado 6o6y4q
Os mandados foram expedidos pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Dentre os crimes investigados, estão manipulação de mercado e uso de informação privilegiada. Foi ordenado bloqueio de bens e valores, que ultraa meio bilhão de reais.
A decisão judicial aponta “manobras fraudulentas” utilizadas para modificar “os resultados reais da empresa, com o objetivo de receber vantagens indevidas com o pagamento de bônus por metas atingidas, e elevar de forma ilícita a cotação das ações das americanas, pois, assim, gerariam ganhos financeiros não justificados, visto que alguns dos investigados tinham participação acionária nas empresas”.
Delações de ex-diretores explicam esquema usado para fraudar resultados 5z4l35
Ex-executivos das Lojas Americanas são suspeitos de fraude contra o mercado financeiro – Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil/ NDAs investigações têm auxílio da atual diretoria da rede de lojas e foram abastecidas pelas delações premiadas dos ex-diretores, Marcelo da Silva Nunes e Flávia Pereira Carneiro Mota.
Conforme as delações, quando as expectativas de crescimento, feitas por analistas de mercado, não eram atingidas, a diretoria mudava os resultados “para não frustrar as expectativas de mercado”.
Segundo inquérito, as manobras “causaram grande prejuízo para os demais acionistas, principalmente aos minoritários, que, em razão da falsa saúde financeira das empresas, operavam transações acionárias com preços inflacionados”. A operação conta com apoio do Ministério Público Federal.
*Com informações do R7.
