Dono de muito reconhecimento no Brasil, inclusive emprestando o nome para bairros, ruas, praças, escolas, hospitais, navios e para um dos times de futebol mais tradicionais de Santa Catarina, o Clube Náutico Marcílio Dias de Itajaí, o marinheiro Marcílio Dias (1838-1865) terá o nome inscrito no livro dos heróis e heroínas da Pátria que fica no Panteão da Pátria Tancredo Neves, localizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
O livro tem registros de heróis e heroínas oficialmente reconhecidos, como Tiradentes, Zumbi dos Palmares e Anita Garibaldi.

É possível conferir o nome do homenageado e uma breve biografia, ressaltando a importância daquela vida para o país.
A lei 14.471/22 foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro e colocará o nome de Marcílio Dias no livro com páginas de aço.
Primeiro militar negro a ser reconhecido como herói da Pátria, nasceu no Rio Grande do Sul se destacou na Batalha do Riachuelo considerada a mais importante na Guerra do Paraguai.
Magro, com 1,65 metro de altura, encarou quatro paraguaios no combate corpo a corpo; os soldados de Solano Lopez segundo os relatos históricos tentavam tomar a bandeira do Brasil.

Mesmo sozinho, Marcílio Dias matou dois dos paraguaios; depois ele que teve um braço decepado, morreu no dia seguinte e foi sepultado com honras militares nas águas do rio Paraná.
O projeto que deu origem à lei que trouxe a distinção ao marinheiro Marcílio Dias é de autoria do deputado Sanderson (PL-RS).

O texto foi aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado antes da sanção do presidente Bolsonaro.
Registra o Arquivo Nacional: “No tombadilho ensanguentado, entre outros bravos, combateu Marcílio Dias corpo a corpo. Quando perdeu o braço direito, insensível às dores, empunhou o sabre com a mão esquerda”.
Um herói, digno de muitas homenagens.