Um empresário e chefe de quadrilha em Florianópolis foi alvo de uma operação da Polícia Federal e da Receita Federal nesta segunda-feira (17). A ação desarticulou um esquema que movimentou ao menos R$ 14 milhões no tráfico de drogas e armas.
Chefe de quadrilha alvo de operação já estava preso em Florianópolis – Foto: PF/Divulgação/NDA operação, chamada Contraface, investiga uma quadrilha liderada por empresários de Cascavel e de Toledo, ambos municípios paranaenses. O nome da operação faz referência aos homens, que conforme a PF, mostra o “lado oculto de empresários até então visto como bons homens de negócios.”
Segundo a Polícia Federal, foram expedidos nove mandados de prisão preventiva, 13 de busca e 22 de sequestro de bens e valores nas cidades de Cascavel (PR), Toledo (PR), Medianeira (PR), Erechim (RS) e Florianópolis, todos assinados pelo Juízo da 4ª Vara Criminal Federal de Cascavel.
De acordo com a Polícia Federal, o chefe de quadrilha havia sido preso recentemente em uma operação a nível estadual por tráfico de drogas. Ainda assim, o mandado de prisão foi cumprido onde ele está detido, na Penitenciária da Agronômica, em Florianópolis.
Esquema que teve chefe de quadrilha preso usava caminhões com fundo falso para transportar armas e drogas 1t4j3y
A investigação apurou que a quadrilha trabalhava com o transporte de grandes quantidades de maconha e armas vindas do Paraguai e destinadas a vários estados do Brasil, usando caminhões com fundos falsos.
Conforme a apuração, o esquema liderado pelo chefe da quadrilha montava empresas fantasmas para colocar como nome dos veículos utilizados para o transporte.
Havia simulação de venda dos veículos para os motoristas contratados para dirigi-los. Por fim, utilizavam nomes de pessoas e empresas laranjas para movimentar o dinheiro do tráfico.
Durante a investigação, a Polícia Federal apreendeu 26 toneladas de maconha e oito pistolas. Segundo a apuração, a quadrilha tem um possível envolvimento com a facção Comando Vermelho.
Ainda segundo a PF, desde 2021, em três anos, a quadrilha movimentou 14 milhões com o tráfico de drogas e armas.
