O motorista da carreta suspeita de causar o acidente que matou 41 pessoas em Teófilo Otoni (MG) se entregou nesta segunda-feira (23) à polícia. Ele estava foragido desde o dia da tragédia, que aconteceu no último sábado (21).
Segundo informações do portal R7, o condutor teve a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) apreendida em 2022, durante uma blitz da Lei Seca em Mantena, a 460 km de Belo Horizonte, após se recusar a realizar o teste do bafômetro. Agora, ele se apresentou à delegacia de Teófilo Otoni acompanhado por advogados e está prestando depoimentos.
As investigações apontam duas possíveis causas para o acidente. Uma delas sugere que uma pedra de granito transportada pela carreta teria se soltado e atingido o ônibus. Outra hipótese é o estouro de um pneu do ônibus, que perdeu o controle, colidiu com a carreta e pegou fogo.
“A partir do levantamento das notas fiscais, foi possível verificar, preliminarmente, um excesso de peso no transporte, indicando responsabilidade do condutor”, afirmou o delegado Saulo Castro, porta-voz da Polícia Civil.
Acidente de Teófilo Otoni é o pior em 16 anos 481ie
Na madrugada de sábado (21), o acidente trágico na BR-116 deixou 41 mortos. O caso aconteceu no km 286, na localidade de Lajinha, em Teófilo Otoni (MG), envolvendo um ônibus com 45 ageiros, uma carreta e um carro.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente foi provocado pelo estouro de um pneu do ônibus, que vinha de São Paulo. O motorista perdeu o controle, colidindo com a carreta. Um veículo de eio, que seguia logo atrás, também se envolveu na colisão, mas seus três ocupantes sobreviveram. Após o impacto, o ônibus pegou fogo, dificultando o resgate.
Conforme a PRF (Polícia Rodoviária Federal), o acidente é o maior registrado em rodovias federais nos últimos 16 anos, superando tragédias como a de Nova Itarana (BA), com 33 mortes, e Descanso (SC), com 26 vítimas fatais.
