Após a repercussão da ação violenta da Guarda Municipal de Balneário Camboriú, que ocorreu na última sexta-feira (4), em um bar conhecido como Casa do Rap, situado no bairro da Barra, o prefeito da cidade, Fabrício Oliveira, se manifestou afirmando que a prefeitura instaurou uma sindicância para apurar a conduta dos agentes.
O guarda que nas imagens aparece disparando tiros de borracha na rua e em seguida dando um tapa no rosto de uma moça foi afastado. De acordo com a Guarda Municipal, toda ação será investigada na sindicância aberta.
“Já determinei o afastamento do guarda e estou abrindo a sindicância para apurar as responsabilidades, até porque vai ser investigado todo o detalhamento desta ação”, explicou Fabrício Oliveira, prefeito de BC.
Em nota, a Guarda explicou que a Secretaria de Segurança vai solicitar as imagens na íntegra “para subsidiar o processo e serão enviadas ao Ministério Público para que exista transparência nos fatos apurados”.

Fabrício Oliveira ainda reiterou que: “é óbvio que não somente o prefeito como o comando da Guarda e o secretário não compactuam com esse tipo de ação e por isso, nós temos que apurar todas as responsabilidades e agir com rigor, levando em conta que isso não é a extensão do trabalho da Guarda Municipal, que tem um trabalho relevante em Balneário Camboriú”.
Abordagem violenta 4r6712
Em uma entrevista Wellington, conhecido como Blackout, que é um dos sócios da casa, afirmou que os guardas pediram para que apenas os sócios permanecessem na casa, ele e os colegas afirmaram que ele também era sócio, porém os guardas não acreditaram.

“Eles não quiseram escutar ninguém e já começou a pedir para eu sair da casa. Eu saí e falei pra galera que estava na casa: ‘vamos deixar só os sócios’ e ai eles deram o primeiro tiro que pegou no meu dedo. Eles falaram que ia prender todo mundo se não parassem de gravar, deu um tapa na mão da moça que estava gravando e nisso, todo começou a gritar, ele me empurrou com a arma e me deu um tiro a queima roupa no meu braço’, conta.
Mesmo ferido, o sócio da casa afirma que continuou sendo agredido pelos guardas. “Eles continuaram me empurrado com a arma com cano quente, eu saí correndo pelo canto da casa e ele continuou mirando em mim e atirando”, relembrou.
Wellington afirma que esta com medo após a abordagem. “Eu estou com medo, mais medo de sair de casa, porque isso acontece com os meus iguais por conta de um sistema racista que ao invés de proteger, assusta”, finalizou.