Possíveis irregularidades no pagamento de diárias a um vereador e um servidor comissionado de um município do Vale do Contestado, em Santa Catarina, estão sendo investigados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) e o Geac (Grupo Especial Anticorrupção do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina).

Na manhã desta terça-feira (11), 32 mandados de busca e apreensão e dois mandados de suspensão do exercício da função pública foram expedidos pela Vara Única da Comarca de Santa Cecília na segunda fase da operação Arquivo-Morto.
O objetivo, segundo o MPSC, é desarticular suposto esquema criminoso que também envolve possíveis fraudes em orçamentos e superfaturamentos, falsificação de documentos, peculato e corrupção. Empresários que teriam aderido ao esquema também são alvo da operação Arquivo-Morto.
Nesta segunda fase da operação, o foco da investigação são possíveis irregularidades em contratos públicos firmados pelo Poder Legislativo de um dos municípios integrantes da Comarca de Santa Cecília. A cidade investigada não foi revelada.
Os mandados foram executados nos municípios de Timbó Grande, Videira, Caçador, Canoinhas, Irani e Ipumirim, em Santa Catarina, e em Erechim, no Rio Grande do Sul.
A investigação corre em segredo de justiça.
Veja fotos da operação: 2o3sm
Operação Arquivo-Morto 5l2d43
O nome da operação faz alusão às informações coletadas pela Promotoria de Justiça com relação a procedimentos licitatórios fraudados.
As fraudes foram descobertos por um dos servidores do legislativo municipal, o qual os escondeu no arquivo-morto para não serem mais adulterados ou destruídos pelos investigados.
Participam da operação dois promotores de Justiça e 59 policiais integrantes do GAECO, além de 19 viaturas estão empregadas na operação.
A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Divisão de Investigação Criminal de Canoinhas, e a Polícia Rodoviária Federal, também prestam apoio ao cumprimento das ordens judiciais.