Desde o início do ano, quatro casos de femincídio já foram registrados no Planalto Norte catarinense. Em todos, os suspeitos dos crimes eram ex-companheiros das vítimas. Apenas um dos autores foi preso, enquanto os outros três cometeram suicídio; relembre os casos.
Foram quatro casos de feminicídio em 2023 no Planalto Norte catarinense – Foto: Internet/Reprodução/ND
Porto União 2i6c1s
O mais recente ocorreu no dia 4 de março, na cidade de Porto União. Lucimara Cordeiro Schneider, de 46 anos, foi encontrada morta com um tiro na cabeça no interior de um veículo.
O suspeito, seu ex-namorado, estava no banco do carona e segurava uma arma. Ele também tinha um ferimento de tiro na cabeça e foi encaminhado ainda com vida ao hospital, onde morreu. O veículo onde estavam bateu contra o muro de uma casa.
A suspeita é de feminicídio seguido de suicídio. Segundo a polícia, há informações de que o casal havia rompido um relacionamento de três anos há cerca de um mês.
Lucimara Cordeiro Schneider, tinha 46 anos. – Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução/NDSão Bento do Sul 266f12
O primeiro feminicídio do ano ocorreu no dia 02 de janeiro, em São Bento do Sul. Lucimar de Góes Couto, uma mulher de 44 anos, foi atingida por golpes de faca pelo ex-companheiro.
O homem fugiu levando a filha do casal e se envolveu em um acidente de trânsito na SC-418, em Campo Alegre. A criança foi encontrada sob os cuidados de uma família na região e o suspeito fugiu pegando carona com um desconhecido, sendo foi preso posteriormente.
Segundo a polícia, havia uma medida protetiva contra o suspeito, porém não estava em vigor.
Lucimar foi morta com golpes de faca – Foto: Internet/Reprodução/NDCanoinhas 532235
Na noite do mesmo dia 2 de janeiro, outra mulher foi assassinada pelo ex-companheiro, em Canoinhas. Magali Oliveira, de 40 anos, foi encontrada pela própria mãe agonizando na casa onde morava.
Ela tinha ferimentos na região do pescoço e, embora o Samu tenha sido acionado, ela não resistiu e morreu no local.
O ex-marido de Magali já havia ameaçado matá-la e cometer suicídio em seguida. A Polícia Militar foi então até a casa do suspeito e o encontrou morto no interior de um quarto, após se suicidar.
Magali foi morta na casa em que vivia, em Canoinhas – Foto: Internet/Reprodução/NDMafra 3o724d
Dezenove dias depois, outro caso de feminicídio foi registrado no Planalto Norte, desta vez no município de Mafra, no dia 22 de janeiro. Laci Aparecida Padilha Mastey, 51 anos, e o marido, Luis Mastey, 58, foram encontrados sem vida na casa da família.
Laci tinha sinais de golpes de faca pelo corpo, como na perna, tórax e no ombro, onde a faca ficou cravada. Luis aparentava ter tirado a própria vida, segundo a Polícia Civil.
De acordo com o delegado Cassiano Tiburski, a mulher queria que o homem deixasse a casa onde viviam e ela já estaria em outro relacionamento.
Laci Aparecida Padilha Mastey, e o marido, Luiz Mastey, ambos com 58 anos, foram encontrados sem vida na casa da família, na localidade de Vila Grein. – Foto: Internet/Divulgação/NDSegundo informações, na maioria dos casos, os suspeitos não aceitavam o fim do relacionamento.
