Polícia investiga professores da rede estadual de SC por assédio sexual contra alunos 2x1a6d

Na manhã desta quinta-feira (20), a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na casa dos suspeitos de assédio sexual contra alunos 11637

Dois professores da rede pública estadual de Santa Catarina são alvo de investigação da Polícia Civil por suspeita de assédio sexual contra alunos, em Imbituba, no sul do estado. Na última semana, outro professor foi afastado do cargo, em Itajaí, após ter, supostamente, enviado vídeos de cunho pornográfico para um adolescente.

Assédio sexual contra alunos é investigado em Imbituba, no sul do estadoProfessores da rede pública estadual de Santa Catarina são alvo de investigação da Polícia Civil por suspeita de assédio sexual contra alunos, em Imbituba, no sul do estado – Foto: Divulgação/Polícia Civil/ND

Segundo a Polícia Civil, o inquérito foi instaurado após denúncias de que um professor professor ACT (issão de professores em Caráter Temporário), de 23 anos, estaria se aproveitando de sua função para pedir fotos íntimas aos alunos – que têm entre 13 e 15 anos de idade – por meio das redes sociais e aplicativos de conversa instantânea.

O segundo caso é de um professor de 39 anos, também ACT, que, assim como o primeiro, teria se aproveitado de sua posição para manter conversas de conteúdo impróprio com uma aluna de 14 anos, além de ter, supostamente, iniciado um relacionamento com a adolescente.

Na manhã desta quinta-feira (20), a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na casa dos suspeitos. Foram apreendidos dispositivos eletrônicos e outros itens que, segundo a polícia, servirão para “instruir os inquéritos policiais que serão analisados para apurar as condutas praticadas pelos investigados”.

Polícia apreendeu dispositivos eletrônicos dos professores suspeitos de assédio sexual contra alunos – Foto: Divulgação/Polícia Civil/NDPolícia apreendeu dispositivos eletrônicos dos professores suspeitos de assédio sexual contra alunos – Foto: Divulgação/Polícia Civil/ND

Além dos mandados, o juízo da Vara Criminal de Imbituba decretou a suspensão do exercício da função pública de professor de ambos os investigados pelo prazo de 90 dias, no mínimo.

Em nota enviada ao ND Mais, a Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina informou que repudia qualquer ato de violência praticado dentro ou fora das escolas estaduais de Santa Catarina, e que está tomando as devidas providências com relação aos profissionais.

“Por meio do NEPRE, a secretaria dispõe de psicólogos e assistentes sociais que trabalham constantemente com a instrução pedagógica para criar um ambiente pacífico e de amparo socioemocional nas unidades escolares”, completou o comunicado.

Itajaí também registrou assédio sexual contra alunos 1hgz

No início deste mês, outro professor foi afastado por suspeita de enviar vídeos se masturbando para um aluno do 2° ano do Ensino Médio de uma escola Estadual em Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina.

O assédio teria ocorrido em uma noite em que o adolescente estava em um churrasco com os amigos. Conforme a investigação, o professor teria chamado o aluno no bate papo do Instagram e enviado vídeos sexuais.

Professor teria enviado vídeos sexuais a estudante de 16 anos – Foto: Reprodução/NDProfessor teria enviado vídeos sexuais a estudante de 16 anos – Foto: Reprodução/ND

Na conversa, o professor pergunta onde o jovem estava, se gostaria de sair e que “ninguém iria ficar sabendo”. O adolescente questiona se o professor é louco e afirma que iria processá-lo. Em seguida, o professor bloqueia o aluno, chamando-o antes de “crianção”.

Governador Jorginho Mello manifestou-se após casos de assédio sexual contra alunos em SC 1ts46

Após tomar conhecimento sobre a denúncia de que um professor da rede estadual de educação, em Itajaí, teria enviado vídeos de cunho pornográfico para um de seus alunos, o governador Jorginho Mello manifestou-se nas redes sociais.

“Assim que soube do caso, determinei ao Delegado Geral da Polícia Civil que abrisse um inquérito para investigar o ocorrido. Também determinei à Secretaria de Educação que afastasse imediatamente o professor e tomasse as medidas necessárias enquanto ocorrem as investigações”, afirmou o governador.

Jorginho Mello disse ainda que iria endurecer as regras de checagem de antecedentes e a investigação da vida pregressa dos candidatos  “para que casos assim não se repitam”. E finalizou: “Em Santa Catarina, isso não será tolerado!”

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