Amigos, familiares e entidades lamentaram a morte brutal de Yara Filomena Werner da Silva, aos 46 anos. O corpo da técnica em enfermagem foi encontrado carbonizado na tarde desta segunda-feira (4), no bairro Itacorubi, em Florianópolis.

Yara estava desaparecida desde a tarde do dia 29 de março. A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso.
“Mulher guerreira, mãe dedicada e amorosa” foram as palavras escolhidas pela amiga Ivana Fossari para expressar o sentimento de luto. Um comentário feito por Simone Vieira na internet diz que Yara era “uma pessoa maravilhosa e uma profissional dedicada.”
Entidades lamentam a morte 212v62
A profissional de saúde atuava no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC), na Capital, desde 2006 e trabalhava no serviço de Enfermagem da Clínica Obstétrica e da Coordenadoria de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente.
Tanto a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) quanto o HU emitiram notas de pesar referentes à morte da servidora.
“A comunidade universitária, enlutada, junta-se às tantas manifestações de homenagem à Yara neste momento de luto, e estende à família e amigos de Yara seus mais profundos sentimentos”, diz a nota da UFSC.
O presidente do Coren-SC (Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina), Gelson Albuquerque, divulgou uma imagem na internet na qual exige justiça para Yara.
A profissional de saúde era mãe de três filhos, uma menina, de 7 anos, e dois meninos, de 12 e 14 anos. O mais velho é diagnosticado com paralisia cerebral.
Todos são estudantes do CA (Colégio de Aplicação) da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). Após a confirmação de sua morte, o Colégio anunciou a suspensão das atividades nesta terça-feira (5).

A direção do CA emitiu uma nota, na qual declara que “Yara sempre será lembrada no Colégio como uma mãe extremamente dedicada. A comunidade escolar lamenta a partida precoce de Yara e solidariza-se com a família e os amigos neste momento de dor. A todos, expressamos os nossos mais sinceros sentimentos.”
Filho percebeu algo estranho 3ir1n
Um dos filhos da profissional de saúde relatou à equipe da NDTV, nesta terça, que percebeu que a mãe estava nervosa na manhã do dia de seu desaparecimento.
O adolescente acredita que algo possa ter acontecido para desencadear esse comportamento da mãe. Ele foi para a escola e não a viu mais naquele dia.
Investigação policial 3ro5e
Desde o desaparecimento de Yara, no dia 29 de março, diversas mensagens pedindo ajuda para localizá-la foram compartilhadas na internet. O caso começou a ser investigado inicialmente pela DPPD (Delegacia de Polícia de Pessoas Desaparecidas).
Conforme informação trazida pela reportagem do Grupo ND, ao menos 30 boletins de ocorrência ligados a Yara foram identificados pela Polícia Civil.
Por volta do meio-dia desta segunda, a PMSC (Polícia Militar de Santa Catarina) foi acionada, via disque-denúncia, informando a presença de “algo parecido com um corpo” nas imediações da rodovia ar Gonzaga, na SC-404.
Ao chegar no local um cadáver foi encontrado, carbonizado e totalmente desfigurado. O corpo foi encaminhado a Polícia Científica (antigo IGP), que atestou a identidade de Yara por meio da arcada dentária.

Mudança de delegacia o6z6q
Com a localização do corpo da técnica em enfermagem, o caso, que estava com a DPPD, a à Delegacia de Homicídios, aos cuidados do delegado Ênio Mattos.
Na tarde desta terça, equipes das duas delegacias irão se reunir para trocar informações sobre o caso.
De acordo com o delegado Mattos, dez pessoas ligadas à mulher já foram ouvidas pela polícia. A Delegacia de Homicídios informou ainda que irá pedir a quebra do sigilo telefônico de Yara Werner para analisar com quem ela manteve contato antes de desaparecer.
As informações dão conta de que Yara saiu de casa por volta das 16h do dia 29 de março portando apenas o celular. Até o momento, o objeto não foi localizado.
O corpo de Yara Werner não será velado, segundo postagem do atual marido na internet. O enterro será realizado no Cemitério do Itacorubi.
*Com informações do repórter Osvaldo Sagaz, da NDTV