Há exatamente um mês Rafael Fug foi encontrado morto após ter levado uma facada dentro do apartamento onde morava, no bairro Velha Central, em Blumenau, no Vale do Itajaí. De lá para cá, o inquérito policial segue parado pela falta de documentos periciais, e a família pede por justiça. A ex-companheira, principal suspeita de ter cometido o crime, continua em liberdade.

A reportagem do Tribuna do Povo conversou na manhã desta segunda-feira (16) com o delegado responsável pela investigação, Ronnie Esteves, que explicou que a Polícia Civil realizou todas as diligências necessárias logo após o crime, mas que o inquérito está parado em virtude da falta dos laudos periciais, que são feitos pela Polícia Científica.
“Isso inclusive foi cobrado pelo Poder Judiciário. Então a gente de posse dessa resposta do IGP, a gente vai concluir essa investigação e encaminhar ao Poder Judiciário”, conta Esteves.
Por meio de assessoria de imprensa, a Polícia Científica de Santa Catarina respondeu que o tempo necessário para se concluir um laudo pode variar por inúmeras questões relacionadas ao trabalho pericial. “Nao há o que justificar, quando o trabalho pericial for devidamente encerrado e o laudo concluído, ele será entregue à PCSC”.
Família pede por Justiça 2l3y30
Um mês depois do crime, a família de Rafael continua clamando por justiça. A principal suspeita pelo crime, a ex-mulher da vítima, continua em liberdade. Alessandro Schnaider, de 47 anos, irmão de Rafael Fug, relata a revolta da família.
Schnaider conta que a mãe não está conseguindo seguir adiante depois da morte do filho. “Como eu posso eu ajudo ela, mas ela está bem ruim. Não pode nem falar no nome do Rafael”, comenta Schnaider.
Segundo Schnaider, o tempo ou es pessoas continuam a questionar a família sobre o que aconteceu. Ele já não sabe mais o que dizer. O irmão também não entende a demora da entrega dos laudos periciais para a conclusão do inquérito.
“Eu que fui lá limpar o sangue, eu que limpei o apartamento, eu vi onde ele morreu. Eu não trabalho na investigação, mas eu que sou pedreiro e eu já vejo isso”, disse, revoltado.
Principal suspeita foi flagrada arrastando e chutando corpo de Rafael Fug 5v5h4
Uma câmera de segurança flagrou a mulher suspeita de esfaquear e matar o marido, Rafael Fug, arrastando e chutando o corpo. Nas imagens é possível ver a mulher chutando o corpo já no chão. Depois de retirar o corpo do corredor do prédio, ela vai até a garagem e sai pilotando uma moto.
Câmera mostra suspeita chutando e empurrando corpo da vítima – Vídeo: Reprodução
Em depoimento, a suspeita disse que não viu que tinha pegado uma faca para se defender e que Rafael havia se jogado contra o objeto. Segundo o delegado, a mulher disse que estava sentada no sofá quando a discussão começou e que o companheiro estava sentado na mesa atrás do móvel. No decorrer da discussão ela ainda comenta que ele voou por cima do sofá e tentou sufocá-la.
Ao ser questionada sobre o motivo de não ter pedido ajuda para salvar Rafael, a mulher comenta que estava muito nervosa com a situação e de que não queria ter matado o companheiro.
O crime b713l
Rafael Fug foi assassinado a facada dentro do apartamento onde morava, localizado na rua José Reuter, bairro Velha Central, em Blumenau. A vítima foi morta na noite de sábado, mas a polícia só foi notificada sobre o corpo na manhã do domingo de Páscoa (17 de abril).

A faca supostamente utilizada para matar Rafael não foi localizada pelos agentes. Porém, no apartamento onde o homem foi encontrado, os policiais encontraram marcas de sangue no chão e também na porta de entrada.