
Áudios e vídeos, em tom ameaçador, circulam em grupos de WhatsApp na Grande Florianópolis e alertam que um novo conflito dentro da facção criminosa PGC (Primeiro Grupo Catarinense) promete provocar medo e caos em Santa Catarina.
As mensagens não têm confirmação de veracidade pelas polícias Civil ou Militar. Contudo, fontes no governo do Estado item que existe um recente racha no PGC e recomendam que a população evite “proximidade de áreas quentes” até que a situação seja resolvida.
Nas mensagens de áudio, encaminhadas com frequência em grupos de WhatsApp, um homem afirma que “a partir das 23h, ‘nós não quer’ criança na rua, não quer ninguém. É que nem diz o ditado: não tem bala perdida, tem bala achada”.
O homem diz também que o alerta é válido para as comunidades Monte Cristo e Chico Mendes, na região continental de Florianópolis. “Avisado, foi. O recado está dado”, afirma o homem na gravação.

Racha no PGC pode levar a disputadas armadas 3cr62
Conforme fontes ouvidas pelo ND Mais, existe confirmação nas forças de segurança catarinenses de que há um conflito interno dentro da organização criminosa e que isso pode representar risco para quem vive na Grande Florianópolis.
“Foi confirmada a ocorrência de uma disputa interna entre lideranças do PGC. Os possíveis confrontos seriam entre integrantes da facção nas ruas e, a princípio, não tem enfoque em ataques a órgãos ou forças do estado”, afirmou uma fonte à reportagem.
Ainda, é avaliado que “possíveis disputas armadas entre estes (integrantes em liberdade) podem, eventualmente, ocasionar enfrentamentos com a Segurança Pública e configurar risco à população”.
Por este modo, a recomendação é “evitar proximidade de áreas quentes, até que a situação seja resolvida. Especialmente na Grande Florianópolis”. Até o momento, segundo informado à reportagem, não foram identificadas “repercussões/alterações intramuros (penal e socioeducativo). Devendo-se evitar o insuflamento da massa carcerária”.

Mensagens intimidatórias são falsas, alegam agentes de segurança 2v3l6i
Apesar da confirmação do racha no PGC, as forças de segurança não reconhecem as mensagens de áudio compartilhadas nos aplicativos.
A reportagem do ND Mais entrou em contato com a Polícia Miliar de Santa Catarina, que informou, através da assessoria de imprensa, que “não contatou nenhuma veracidade dos áudios que circulam em grupos de WhatsApp”.
O delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, também afirmou ao ND Mais que “não há confirmação de veracidade” no conteúdo replicado nas plataformas de mensagens.