A investigação sobre a morte de um homem de 34 anos que teria tentado invadir uma loja de antiguidades no Centro de Florianópolis teve uma reviravolta. Segundo a DH (Delegacia de Homicídios da Capital), uma nova versão foi apresentada sobre os fatos, alterando a autoria e a dinâmica dos fatos ocorridos na rua Nunes Machado no último dia 3 .

Na primeira versão, agora desmentida, a proprietária da loja contou que estava sozinha e assumiu a responsabilidade pela morte do homem. Ela estava no segundo andar quando teria escutado os barulhos. Ao descer até o térreo, teria percebido o suposto invasor tentando quebrar o vidro da loja. Foi quando disse ter realizado o disparo.
No decorrer da investigação, o marido da empresária se apresentou como autor do disparo, detalha o delegado Enio de Oliveira Matos, titular da DH. Em depoimento à investigação, ele contou que estava junto à esposa quando a loja teria sido invadida pelo homem.
Diferente da primeira versão apresentada, o casal não chegou a descer até o primeiro andar. A arma foi disparada do segundo pavimento. “Eles ouviram o barulho e foram até a janela, só os dois”, contou o delegado. O autor dos tiros tem porte de arma, detalha a Polícia Civil.
“Preocupação” 176y6o
A alteração do depoimento, ainda segundo a Polícia Civil, teria ocorrido porque o marido da empresária teria “ficado preocupado” em assumir a responsabilidade pelo disparo. Não foram informados maiores detalhes.
O homem vítima do disparo tinha histórico de situação de rua. Um único tiro foi disparado, segundo a investigação. A arma utilizada no crime foi um revólver. O inquérito policial que apura as circunstância do crime continua em andamento nesta quarta-feira (13).
Em entrevista ao ND+, Rafael Salim, coordenador do Núcleo do Centro Histórico da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), destacou a diminuição da criminalidade na região no último mês, especialmente os casos de roubo e furto.
“Tivemos um período mais complicado há 40 dias, com muita ocorrência de furto. Em conversa com o prefeito da Capital e a Polícia Militar, os lojistas explicaram que o Centro estava em situação crítica”, detalhou o coordenador na ocasião.
A ampliação do efetivo das forças de segurança, tanto durante a noite como na madrugada, teriam contribuído com a melhora.