O TJPE (Tribunal de Justiça de Pernambuco) decretou a prisão preventiva do cantor sertanejo Gusttavo Lima na segunda-feira (23). Segundo a investigação, ele teria ocultado R$ 22 milhões da venda de um jato e será preso assim que retornar ao Brasil.

O cantor viajou para Miami, nos Estados Unidos, na véspera da ordem de prisão. De acordo com a colunista Raquel Landim, do Uol, a Polícia Federal informou que Gusttavo Lima foi incluído na lista de pessoas procuradas nos aeroportos brasileiros.
As autoridades brasileiras notificaram a Interpol de que há um mandado de prisão contra ele, no entanto, seu nome não entrou na lista vermelha e a polícia estrangeira não pode prendê-lo.
Gusttavo Lima foi alvo da Operação Integration da Polícia Civil de Pernambuco, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e divulgação de jogos ilegais. A ação também prendeu a advogada e influencer Deolane Bezerra.
Gusttavo Lima teria ocultado R$ 22 milhões da venda de um jato 726qw

O cantor é suspeito de atrapalhar as investigações e de ter ajudado a fuga de José André da Rocha Neto, dono da casa de apostas Vai de Bet da qual o cantor é sócio, junto à esposa, Aislla Rocha.
“Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa, evidenciando que a conivência de Nivaldo Batista Lima [Gusttavo Lima] com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade”, diz a juíza Andréa Calado da Cruz do TJPE.

Segundo o portal R7, a decisão da juíza aponta que foram feitos oito rees para a Balada Eventos e Produções LTDA, empresa que tem Gusttavo Lima como proprietário, pela J. M. J. Participações LTDA, do investigado José André da Rocha, dono da Vai de Bet. O valor total foi de R$ 22.232.235,53 e seria pela aeronave Cessna Aircraft, modelo 560XLS.
Além disso, o cantor também é acusado de ocultar R$ 9,7 milhões provenientes dos jogos ilegais da HSF Entretenimento Promoção de Eventos.

“Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado”, afirma a decisão da Justiça.
A defesa de Gusttavo Lima disse em nota que “a inocência do artista será devidamente demonstrada” e que o cantor “jamais seria conivente com qualquer fato contrário ao ordenamento de nosso país e não há qualquer envolvimento dele ou de suas empresas com o objeto da operação deflagrada pela polícia pernambucana”.