O quarto dia de ataques russos contra a Ucrânia teve como principais alvos estruturas sensíveis de gás, petróleo e energia. Há fortes bombardeios contra a segunda maior cidade do país Kharkiv neste domingo (27).
Um prédio com nove andares com residências civis foi atingido por um míssil russo e deixou uma mulher morta e 20 pessoas precisaram ser evacuadas. Outros 60 moradores se refugiaram em uma área subterrânea. As informações são do portal IG.

A Rússia informou que 471 soldados ucranianos foram capturados em Kharkiv.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez dois pronunciamentos. Ele acusou Belarus de dar apoio aos ataques. Para Zelensky, as tropas russas estão “matando civis” de propósito e atacando cidades que nunca tiveram “nenhum tipo de estrutura militar”.
“Eles mentiram sobre o fato de que não atacariam os civis. Desde as primeiras horas da invasão das tropas russas, eles estão atacando as infraestruturas civis. Deliberadamente escolheram táticas para atingir pessoas e tudo aquilo que torna a vida normal: eletricidades, hospitais, jardins de infâncias, casas, entre outros. Isso poderia ter sido pior se não fossem nossas forças militares”, disse.
Meanwhile in Ukraine 🇺🇦 – Major explosion in Karkhiv city pic.twitter.com/1stF6C1ylz
— beatfien (@beatfien2) February 27, 2022
Além dos ataques em Kharkiv, os russos atingiram plantas de fornecimento de energia próximas à capital Kiev. Também há registros de ataques à cidade de Bucha, que fica cerca de 30 km da capital.
Zelensky afirmou que “os ataques da Rússia contra a população civil e às infraestruturas têm características de um genocídio e merecem um tribunal internacional”.
Já o presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, acusou o ucraniano “estar mentindo porque ninguém bombardeou Kiev até agora”. “Não há um soldado de Belarus sequer lá, não há um projétil nosso na Ucrânia”, disse Lukashenko.
Negociações h5a2y
Neste domingo (27), uma comitiva russa foi até Belarus para negociar acordo de paz com os ucranianos. O presidente ucraniano se nega a enviar negociadores à nação, devido a acusações de ataques vindos do país vizinho.
No entanto, logo após Zelensky falar sobre o tema, veio um ultimato de Moscou. “Se não recebermos uma resposta até as 15h deste domingo (9h no horário de Brasília), a Ucrânia será responsável pelos próximos eventos”, disse o parlamentar russo Leonid Slutsky à agência Tass.
Segundo dados do governo ucraniano, mais de 4,3 mil soldados russos já teriam morrido nos ataques. Do outro lado, Kiev informa que há cerca de 200 vítimas.
Já a capital russa, Moscou, não divulga o número de vítimas e os meios de comunicação do país foram proibidos de citar o conflito com termos bélicos, como “ataque”, “conflito” ou até mesmo “guerra”. Todos devem afirmar apenas o termo usado por Putin de “operação militar especial”.