Cerca de 3 a cada 10 mulheres que vivem no Brasil sofreram algum tipo de violência em 2022, de acordo com um estudo encomendado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e divulgado no último dia 2.
Os dois tipos de violências mais comuns contra a mulher nos últimos 12 meses são a violência verbal (insultos, humilhações ou xingamentos) e amedrontamento ou perseguição, relatados por 23,1% e 13,5% das mulheres entrevistadas.

O estudo “Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil” ouviu 2017 pessoas, entre homens e mulheres, em 126 municípios brasileiros, no período de 9 a 13 de janeiro de 2023. As projeções mostram que mais de 18 milhões de mulheres sofreram alguma forma de violência em 2022.
Além das duas categorias citadas no início da reportagem, as vítimas também relataram ameaça de apanhar, empurrar ou chutar (12,4%), batida, empurrão ou chute (11,6%), ofensa sexual ou tentativa (9%), espancamento ou tentativa de estrangulamento (5,4%).
O relatório também projeta casos recorrentes de ameaça com faca ou arma de fogo (5,1%), lesão provocada por algum objeto atirado (4,2%) e esfaqueamento ou tiro (1,6%) nos doze meses de 2022.
Ao todo, 70,3 das entrevistada relataram não ter sofrido nenhum tipo de violência – estima-se que 45 milhões mulheres no Brasil se enquadram nessa categoria.
Feminicídios 5l1z3d
O Estudo mostra que a cada dez casos de feminicídio, sete foram cometidos pelo companheiro ou ex-companheiro de vítimas em 2022.
No último ano, a Rede de Observatórios da Segurança registrou 2.423 casos de violência, ou seja, a cada quatro horas ao menos uma mulher foi vítima de agressão física e verbal, estupro, tortura, ameaça, cárcere privado ou sequestro nos sete estados monitorados. São Paulo é o líder do ranking com 898 casos – um a cada dez horas.
Em Santa Catarina, o Observatório Da Violência Contra A Mulher registrou 56 casos só em 2022. Cerca de 23.308 medidas protetivas foram solicitadas no mesmo ano, em janeiro de 2023, o número de pedidos está em 2.617.