O lançamento de um foguete da SpaceX nesta quarta-feira (5), levou uma cosmonauta russa para a ISS (Estação Espacial Internacional). A viagem tem um significado simbólico em meio à tensão provocada pela guerra na Ucrânia. As informações são da AFP.

“Vamos fazer isso”, disse a comandante da missão da Crew-5, Nicole Mann de 45 anos, a primeira nativa americana enviada ao espaço, pouco antes da decolagem.
Anna Kikina, a única cosmonauta russa da Agência Espacial Russa Roscosmos na ativa, faz parte da tripulação do Crew-5, que também inclui dois americanos e um japonês. É a quinta missão à ISS em uma espaçonave SpaceX liderada pela Nasa.
A decolagem aconteceu ao meio-dia desta quarta-feira (5) no Centro Espacial Kennedy da Flórida, com boas condições climáticas. Quinze dias atrás, um americano foi para a ISS a bordo de um foguete russo Soyuz.
O programa de intercâmbio de astronautas, previsto há muito tempo, foi mantido apesar das tensões entre os dois países desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro.
A manutenção da Estação Espacial Internacional se tornou um dos poucos campos em que Washington e Moscou ainda mantém mutua cooperação.
Transportar cidadãos de outra nação é “uma grande responsabilidade”, disse Kathy Lueders, a associada da Nasa, em uma coletiva de imprensa no final de setembro.
“Do ponto de vista operacional, apreciamos muito a consistência da relação, mesmo em um momento geopolítico muito difícil”, disse sobre a relação que a agência espacial americana mantém com a Roscomos.
A engenheira Anna Kikina, de 38 anos, será a quinta cosmonauta profissional russa a viajar para o espaço. “Espero que em um futuro próximo haja mais mulheres no corpo de cosmonautas”, disse ela à AFP em agosto.
Este também será o primeiro voo espacial dos americanos Nicole Mann e Josh Cassada, e o quinto do japonês Koichi Wakata. A cápsula que os levará à ISS, batizada de Endurance, deve se acoplar após 30 horas de voo. A estação orbita a cerca de 400 quilômetros da Terra.
O encontro com outros tripulantes 462i2w
Os cinco astronautas e cosmonautas se unirão a outros sete que já estão instalados na estação, dois russos, quatro americanos e um italiano.
Quatro membros que viajaram na missão anterior retornarão à Terra em poucos dias após a substituição. A tripulação do Crew-5 ará cinco meses em órbita e realizará mais de 200 experimentos científicos.
Destes experimentos, muitos deles serão voltados para pesquisas médicas que vão desde a “bioimpressão” em 3D de tecidos humanos até o estudo de bactérias cultivadas em micro gravidade.
Kikina também será a primeira russa a embarcar em um foguete Falcon 9, da empresa do proprietário da Tesla, Elon Musk.
*As informações são da AFP.