Após a identificação do asteroide “2023 PQ”, um grande número de especialistas renovou suas dúvidas em relação à origem desses eventos, sendo que alguns especulam sobre a possibilidade de serem OVNIs (Objetos Voadores Não Identificados). O tema persiste em causar fascinação devido à sua conexão peculiar com fenômenos astronômicos, meteoros, luminosidades e emissões gasosas.
Para entender melhor a ligação entre os fenômenos, o ND+ conversou com o ufólogo Luiz Prestes Junior, do GPUSC (Grupo de Pesquisas Ufológicas de Santa Catarina).

Relembrando casos intrigantes 2a5p3w
Um fenômeno recente relembrado pelo especialista foi o da agem do Oumuamua, um objeto interestelar que despertou a curiosidade dos cientistas após diversas questões peculiares em sua composição e trajetória em 19 de outubro de 2017.
“Realmente, o Oumuamua é considerado algo a parte, esse objeto adentrou no sistema solar interior a uma certa velocidade, reduziu e depois aumentou novamente varias vezes e até alterou a própria rota”.
Segundo Junior, esses movimentos não condizem com as leis da mecânica conhecida destes objetos, “pois para que esse objeto desacelerasse e acelerasse da forma que fez, só é possível se ele tivesse uma propulsão interna” afirma.
Outro caso mais recente que foi apontado como um suposto OVNI, foi o objeto interestelar 2011 AG5. O objeto é alongado, tendo 600 metros de comprimento.
“A trajetória dele é alterada de forma artificial, não foram encontrados erros matemáticos, inclusive esse objeto já até entrou na lista de asteroides em possível colisão com a terra”.
De acordo com o pesquisador, o asteroide ará pelos três principais planetas rochosos do sistema solar interior, vênus, terra e marte.
“Isso é considerado anormal, pois os planetas estão em posições diferentes, então esse objeto esta fazendo movimentos artificias e se aproximando desses planetas”.
Principais critérios que diferenciariam um evento astronômico extraordinário com possível origem extraterrestre de um evento natural 2q196d
Para o pesquisador, em um evento astronômico é possível identificar a fonte e a origem do fenômeno, menos que ainda não seja definido.
“Por exemplo, é comum os astrônomos receberem sinais de rádio, inclusive em faixas alternadas, ou intervalos de segundos e minutos”, cita Junior.
“E quando são apontados os rádios telescópios, percebem que esse sinais, por mais que não seja possível identificar a origem, são na verdade parecidos com ondas de rádios provenientes de fontes conhecidas, como estrelas de nêutrons, nêutrons pulsares, meteoros”, acrescenta ele.
Outro exemplo que o pesquisador comenta é o das luzes de meteoros avistadas nos céus: “As características de um ângulo de entrada e coloração, por mais que não saiba o que seria de fato, são características de uma queda de meteoros”.
“Em uma análise a gente consegue perceber e descobrir que por mais raro que seja aquele fenômeno astronômico, existe uma base de consulta, diferente”, explica o ufólogo. “Por exemplo, uma luz no céu que foi vista fazendo um ângulo de 90º em alta velocidade, a gente não consegue encontrar uma base de consulta que possa levar em consideração”, diz.
Aspectos científicos fundamentais para apoiar essa teoria 205i9
De acordo com o pesquisador, “qualquer evento astronômico que ocorra no planeta, carece de análise”.
“Eventos astronômicos possuem uma base de consulta científica, então é possível consultar se foi uma estrela, um cometa ou um planeta, registrada, oficial que foi oficialmente comprovada”, afirma Junior.
Agora no campo da ufologia, o pesquisador afirma que a base de registros é testemunhal. “Nós não temos a comprovação oficial do fenômeno”, compara.
Relembrando o evento de Tunguska 5b2ic
O ufólogo relembra de um caso muito famoso que aconteceu na Sibéria, em junho de 1908. Segundo o pesquisador, o objeto teria explodido a poucos metros do solo, devastando uma área gigantesca.
Na época, foram levantadas diversas teorias que teria sido um autêntico caso de queda de um OVNI, devido as anomalias magnéticas e resíduos nucleares no local.
“Porém, através de estudos, foi descoberto que na verdade se tratava de um meteoro massivo, possivelmente ferroso, que aqueceu durante sua entrada na atmosfera e explodiu perto do solo”.
Segundo o ufólogo, esses meteoros, são majoritariamente rochosos e misturados com outros elementos que explodem devido á alta pressão durante sua entrada na atmosfera.
Como equilibrar o entusiasmo por descobertas com a responsabilidade de manter uma abordagem científica 3u2k4l
No âmbito do debate sobre a existência de vida extraterrestre, o ufólogo Luiz Prestes Junior compartilha sua perspectiva sobre a relação entre avistamentos de OVNIs e eventos astronômicos.
Prestes Junior aborda a importância da pesquisa científica rigorosa e do equilíbrio entre entusiasmo e responsabilidade ao investigar o desconhecido no universo.
“A última questão é verdadeiramente formidável. A possibilidade de vida extraterrestre é um tópico que suscita variadas opiniões. Existem indivíduos que concordam, outros que discordam e muitos que elaboram suas próprias teorias, algumas válidas, outras fantasiosas”, afirma o ufólogo.
Assim, para o pesquisador o desafio reside em equilibrar o legítimo entusiasmo por descobertas potencialmente revolucionárias com a necessidade de manter uma abordagem científica sólida ao explorar eventos celestes incomuns.
“A abordagem central, eu diria, é a pesquisa, uma ferramenta essencial. A análise e a pesquisa são fundamentais. Quando nos deparamos com um fenômeno celeste fora do comum, a investigação é primordial”, explica.
“Hoje, temos o a uma ampla base de dados online, ível a todos. Dessa forma, podemos examinar a data, hora e local do evento, determinando se é um fenômeno atmosférico ou astronômico, e, em caso afirmativo, identificar sua natureza exata”, diz Junior.
Segundo Junior, “há diversos centros de pesquisa em todo o mundo, incluindo o Brasil, que são altamente prestativos. Ao formular perguntas e conduzir pesquisas, podemos contar com suas respostas esclarecedoras”.
O pesquisador afirma que acredita que a base para construir um raciocínio lógico seja a pesquisa, a própria ciência: “Trata-se de identificar o objeto, o fenômeno e aprofundar a investigação”.