Santa Catarina pode estar na onda das maiores chuvas intensas da história, durante o mês de outubro, mesmo que de forma alternada. A afirmação é do diretor da Defesa Civil de Santa Catarina, coronel Armando Schroeder, que participou de uma reunião de atualização das chuvas no Estado.

Até o domingo (29) 167 municípios decretaram situação de emergência, sendo que para quatro municípios a declaração foi de estado de calamidade pública. São eles: Laurentino, Rio do Sul, Taió e Rio do Oeste, todos no Vale do Itajaí.
De acordo com os técnicos da Defesa Civil, a chuva deste fim de semana foi acima do esperado, principalmente no Extremo-Oeste e Planalto Norte. Os maiores volumes, nas últimas 48 horas, foram registrados em Dionísio Cerqueira (215.8 mm), Itaiópolis (187.2 mm) e Witmarsum (186.1 mm).
A Defesa Civil trabalha, para esta semana, no alerta para a quinta onda de chuvas que vão atingir todo o território catarinense. “Isso para nós tem gerado muita dificuldade, têm cidades em que o rio não diminui. O Alto Vale permanece em nível elevado, apesar de termos fechado as barragens”, especifica Coronel Armando.

Cidades da região, como Rio do Oeste, Rio do Sul e Taió, registraram, neste fim de semana, a terceira ocorrência de alagamentos e cheias em menos de um mês. Os moradores tiveram novamente que conviver com ruas alagadas, abrigos abertos e estradas interditadas.
Alerta para deslizamentos após chuva intensa 14b2r
Em Santa Catarina, a preocupação está com os deslizamentos que também podem ocorrer em áreas em que o solo já está encharcado e não consegue mais absorver a quantidade de chuva, até mesmo com a previsão.
“Deslizamento não dá alerta. Temos aí, de repente, semelhante a um terremoto, você é surpreendido”, resume Coronel Armando. Para isso, o órgão tem mantido contato com municípios, até para que os mapeamentos sejam feitos e os alertas intensifiquem a atenção dos moradores nos sinais que podem ser notados, antes mesmo da ocorrência.
Um homem morreu na cidade de Witmarsum. Ele desapareceu, neste fim de semana, após o carro ser arrastado quando tentou atravessar uma área alagada. Uma mulher e uma criança de 5 anos, que estavam no veículo, conseguiram sair.
Outro ponto observado pelo diretor da Defesa Civil é com relação às áreas alagadas. “Ao chegar em uma área alagada, não corra o risco. Aguarde. Não ultrae área alagada, colocando sua vida em risco”.