A Índia e o Paquistão enfrentam ondas exorbitantes de calor nos últimos dias. A temperatura em Nova Délhi se aproximava de 46 °C nesta quinta-feira (28). Já no Paquistão, as temperaturas devem chegar a 48 °C, de acordo com a Sociedade Meteorológica do Paquistão.
As mudanças climáticas, causaram cortes de eletricidade e escassez de água para milhões de pessoas que sofrerão essa situação com cada vez mais frequência no futuro, de acordo com especialistas em mudanças climáticas.

“É a primeira vez que vejo tanto calor em abril”, disse Dara Singh, de 65 anos, que istra uma pequena loja em Nova Délhi.
Cortes de energia foram impostos nas fábricas para reduzir o consumo, no Rajastão, no noroeste da Índia, no oeste de Gujarat e no sul de Andhra Pradesh. De acordo com a imprensa local, as principais usinas estão enfrentando escassez de carvão.
Na Índia, cerca de 1,4 bilhão de pessoas têm uma diminuição no abastecimento de água, que se agrava até as chuvas de monção caírem em junho e julho. No mês ado, Nova Délhi registrou 40,1 graus, a temperatura mais alta para aquele mês desde 1946.
As altas temperaturas já mataram mais de 6.500 pessoas na Índia desde 2010. Os cientistas dizem que devido às mudanças climáticas elas estão se tornando mais frequentes, mas também mais severas.
“As mudanças climáticas estão tornando as altas temperaturas mais prováveis na Índia”, disse Mariam Zachariah, do Instituto Grantham do Imperial College de Londres.
Para o especialista as atividades humanas aumentam as temperaturas globais e que a temperatura que atingiu a Índia, só é observada uma vez a cada 50 anos.
Outro país asiático atingido pelas altas temperaturas é o Paquistão. De acordo com a Sociedade Meteorológica do País, os agricultores terão de gerir o abastecimento de água neste país onde a agricultura, a base da economia, emprega cerca de 40% da força de trabalho total.
“A saúde pública e a agricultura do país enfrentarão sérias ameaças pelas temperaturas extremas deste ano”, disse Sherry Rehman, ministra de Mudanças Climáticas.
*Texto produzido com informações da Agência de Notícias AFP.