Após o prefeito de Rodeio cobrar publicamente ajuda dos governos estadual e federal, agora foi a vez do prefeito de Ascurra, Arão Josino (PSD), desabafar. O governante do município do Médio Vale reclamou da demora da colaboração do Estado e da União na recuperação de Ascurra, que teve cerca de metade da população atingida pelas chuvas em janeiro deste ano.
Ascurra com 60% da área urbana atingida por estragos da chuva em janeiro – Foto: Lucas Frare/Prefeitura de Ascurra/Divulgação/ND
Josino deixou oficialmente a presidência da Amve (Associação dos Municípios do Vale Europeu) na última semana e foi na despedida da chefia da entidade que o prefeito lamentou que quase 20 dias depois do temporal não houve nenhum tipo de apoio financeiro para reconstrução do município.
“O trâmite demora muito e não podemos esperar esse tempo. Por isso, acabamos tendo que retirar recursos do já apertado caixa municipal para atender essa demanda, tendo que adiar ou até cancelar outras políticas públicas planejadas para atender a situação emergencial. Precisamos de um aporte financeiro mais instantâneo por parte dos governos estadual e federal.”, reforçou.
Ascurra, que tem pouco mais de 8 mil habitantes, decretou situação de emergência após o temporal do dia 17 de janeiro deste ano. O município foi um dos mais castigados com as chuvas. Foram mais de 200 milímetros de chuva.
Pelo menos 62 ruas tiveram alagamentos e houve o registro de mais de 100 pontos de deslizamentos de terra. A prefeitura contabilizou 250 pessoas desalojadas e mais de 4.500 habitantes impactados pelo evento climático.
Prefeito de Ascurra deixou a presidência da Amve com desabado por falta de ajuda após estragos com as chuvas – Foto: Divulgação/ND
