A tenista brasileira Bia Haddad teve atuação de luxo nesta quarta-feira (7), ao bater a tunisiana Ons Jabeur, de virada, por 2 a 1 e carimbar sua vaga às semifinais de Roland Garros.

Apesar de sair atrás no placar, Bia Haddad conseguiu buscar a vitória com parciais de 3/6, 7/6 e 6/1. A próxima etapa reserva a polonesa Iga Swiatek, número 1 do mundo, que ou pela norte-americana Coco Gauff com 2 a 0 sem maiores dificuldades.
Com a classificação às semifinais, Bia Haddad aumentou ainda mais a sua história ao se igualar a Maria Esther Bueno, que foi a última brasileira a chegar nessa fase em um Grand Slam – no caso o US Open, em Nova York, também em 1968.
O jogo 211y36
A brasileira cresceu na partida, que foi seu maior desafio até aqui, depois de perder o primeiro set por 3/6. Na sequência, porém, Bia venceu por 7/6 no tie-break e empatou o duelo contra a ex-número 2 do ranking da WTA Jabeur, em um jogo firme e acirrado.
No terceiro set, Bia foi impecável no início e aplicou logo 3 a 0 para cima da adversária, mas a tunisiana, aos poucos, começou a aparecer mais. Apesar de ter assustado em uma série, Bia não se esquivou e fechou a partida em 6/1.

Foi o terceiro confronto entre as tenistas. O primeiro aconteceu há sete anos, em um torneio menor, em Joue-Les Tours, na França, e o segundo foi há dois meses, no WTA 500 de Stuttgart, onde Ons Jabeur venceu pelo placar de 6/3 e 6/0.
A Bia Haddad 2y3j2l
Bia Haddad alcançou uma nova marca em sua carreira ao avançar às semifinais de Roland Garros. A brasileira, que nunca havia ado da segunda rodada em um Grand Slam, chegou à sua primeira semifinal de Grand Slam.
Bia comemorou o avanço e explicou, principalmente, sua “disciplina” para chegar até onde chegou. Segundo a tenista, sua trajetória é marcada por paciência, calma e aproveitar o a o para crescer.
“Acho que sobre não ter ado nunca da segunda rodada, é como eu falei, desde o começo da minha carreira eu ei por muitas barreiras, ar pelo top 100, depois para o top 50, para o top 20, ganhar Master 1000. Tudo isso na minha carreira foi aos poucos, eu tive que ir me consolidando. Nunca fui uma pessoa rompidora e fenômeno, sempre tive que trabalhar muito duro para confiar em mim. Estou muito feliz, acho que mais ainda porque a Ons era uma jogadora que eu respeitava”, disse em entrevista à ESPN.
“Quando você entra em uma quadra desta pela primeira vez para jogar, é uma quadra grande, o vento muda. Eu estava tendo muita chance, estava 4 a 1 para ela e tinha dois games que eu já podia ter ganho. Eu ficava falando: ‘cara, não aceita, não se acomoda’. Eu combinei com o Rafa que eu ia entrar para ganhar um set, se a gente for para o terceiro eu acredito muito. Fui muito disciplinada de seguir meu jogo e continuar firme apesar de continuar tomando os drop-shot. Estou muito feliz, realmente estou vivendo um sonho. Trabalhei muito duro para estar aqui”, completou.
Bia, aliás, agora é a primeira tenista brasileira na semifinal de Roland Garros na Era Aberta, a primeira a vencer uma número 1 do mundo e primeira a chegar em final de WTA 1000.
*Colaborou a Gazeta Esportiva