Em um jogaço com mais de quatro horas de duração, o espanhol Rafael Nadal derrotou o sérvio Novak Djokovic (número 1 do mundo) na tarde desta terça-feira (31) e vai às semifinais de Roland Garros.

As parciais foram de 6-2, 4-6, 6-2 e 7-6 (7/4). Agora, o espanhol continua na disputa pela conquista de seu 14º título de Roland Garros que aumentaria seu recorde de troféus de Grand Slams para 22.
“Estou muito emocionado. Para mim é maravilhoso jogar aqui”, disse Nadal. “Esse sentimento é incrível para mim. Jogar contra ele é sempre um desafio sensacional. Para vencer o Novak, só há uma maneira, jogar o seu melhor desde o primeiro ponto até o último”, completa.
Nas semifinais, Nadal enfrentará o alemão Alexander Zverev, que eliminou outro espanhol nas quartas de final, o jovem fenômeno Carlos Alcaraz, em quatro sets, parciais de 6-4, 6-4, 4-6 e 7-6 (9/7).
A partida, inclusive, teve a presença do tricampeão do torneio, o manezinho Gustavo Kuerten, o Guga.

Duelo histórico 35w3b
Desde que o duelo ficou definido, todos os fãs do tênis esperavam e os dois tenistas, que somam 41 Grand Slams juntos, não decepcionaram, dando um show na quadra.
Com a vitória de Nadal, o saldo entre os dois nesta rivalidade histórica é agora de 30 vitórias para Djokovic e 29 para Nadal, embora o espanhol tenha amplo domínio em Paris com 8 vitórias a 2.
“Parabéns ao Rafa, ele foi melhor nos momentos importantes”, disse Djokovic, após a partida. “Ele mostrou porque foi um grande campeão. Parabéns a ele e a sua equipe. Ele merece”, completa.
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Nem a idade, nem o pé esquerdo machucado que o traiu em Roma há três semanas, nem o jogo marcado para uma sessão noturna, nem jogar contra o número 1 do mundo. Nada parece ser capaz de deter o ‘Rei do saibro’.
Nadal avança 5n6658
Apesar de no dia anterior ter dito que não sabia se essa seria sua última partida em Roland Garros, Nadal mostrou desde o início que não desistirá facilmente, exibindo um tênis de um nível raramente visto na quadra Philippe Chatrier.
Uma partida talvez à altura das finais de 2008 e 2020, quando venceu Roger Federer (6-1, 6-3 e 6-0) e o próprio Novak Djokovic (6-0, 6-2 e 7-5), respectivamente.
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Foi uma lição de como jogar tênis: eficiente no saque, mortal na devolução, movendo o adversário de um lado para o outro abrindo ângulos com golpes nas linhas, eficaz na rede e cometendo poucos erros não forçados.
Um puro deleite que pôde ser desfrutado pelos privilegiados 15 mil espectadores que compareceram à Philippe Chatrier e apoiaram Nadal quase de maneira unânime.