Do ponto mais ao Sul, ao Norte do continente americano. Um trajeto de mais de 14 mil Km que deve ser percorrido por Max Schmoller e Jasmine Ester Schmoller. Os dois, nascidos em Roraima, moram em Itajaí, Litoral Norte de Santa Catarina, há três anos.

Itajaí é o ponto inicial da jornada deles, que começou nesta quinta-feira (22). A primeira parada será Foz do Iguaçu, onde eles ainda devem fazer ajustes finais à casa deles durante a jornada. A casa é um caminhão, modelo ACCELO 815, convertido para motorhome nos últimos dois anos.
“Nós sempre gostamos de viajar, desde sítio, praia, cidades, atrações turísticas, até exterior, na medida do possível e de nossas condições”, conta Max.
Ele e a esposa se conheceram na faculdade, e se casaram em 2016. Juntos, já viajaram pelo Brasil e alguns países vizinhos, como a Venezuela, que faz fronteira com Roraima, além da Argentina e Uruguai. Estados Unidos e Canadá também estão na lista de países visitados pelo casal.
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Foi na América do Norte que conheceram a cultura da viagem com motorhome, um veículo adaptado que funciona basicamente como uma casa sobre rodas. “O plano inicial era juntar dinheiro, ir pros EUA comprar uma pickup para acoplarmos um camper“, conta Max. Mas a vida deu uma guinada e, em 2019, eles se mudaram para Itajaí.

Foi aí que o novo sonho surgiu: comprar uma van e construir o próprio motorhome. “Queríamos um carro que desse para fazer uma casinha bem confortável, pois a intensão era morar na estrada e não apenas ear esporadicamente”, revela.
Mão na massa
Em dezembro de 2020, eles encontraram o caminhão em Florianópolis. O veículo já tinha a documentação necessária para motorhome e vinha com um baú ainda maior que o imaginado pelo casal.
Desde então, o veículo já ou por duas fábricas para construir a casa. Até Max e Jasmine colocaram a mão na massa, construindo parte do teto, isolamento térmico, piso e outros itens necessários. “Uma jornada dessas só é possível graças a sinergia entre nós dois, pelos serviços manuais, pelos desafios, pelo foco e objetivo em comum”, declara.

O motorhome já é o lar do casal há dois meses, e ainda a por ajustes e adaptações. “Como tínhamos muita coisa para resolver, não partimos imediato. Um motorhome artesanal sempre terá algum ajuste para fazer ou problema para resolver”, conta Max. Além dos ajustes, as chuvas e bloqueios nas estradas também atrasaram a partida dos dois.
Motorhome movido a energia solar
O trajeto é imprevisível e, para evitar ficar sem energia no meio do caminho, quando não há o a uma tomada, o casal fez todo o sistema movido a energia solar. “Temos a opção de ligar na tomada em uma emergência, tipo neve, chuva, etc. Mas, no geral, produzimos o dobro ou triplo que consumimos”.
O motorhome tem quatro placas solares de 450 watts, mais seis baterias específicas para este tipo de energia.
“Estamos sempre ‘em casa'”
A jornada começa em Itajaí, com destino a Foz do Iguaçu. De lá, o casal deve seguir ainda para São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, para um encontro de motorhomes de expedição. “De lá, vamos verificar a situação internacional, pandemia, dólar, etc, e fazer Ushuaia ao Alasca. Projeto para 2023”, revela.
Os planos, no entanto, não têm data, já que tudo depende de fatores externos, como economia e a situação da Covid-19, e da cidade em que eles estarão. “Estamos sempre ‘em casa'”.
Toda a jornada deve ser documentada pelas redes sociais: Instagram, Facebook e Youtube.