A Prefeitura de Florianópolis está fazendo um estudo sobre o modelo de tarifa zero no transporte coletivo. O levantamento está sob responsabilidade da Fepese (Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos), que realiza uma radiografia sobre o sistema e sobre o atual contrato de concessão.

Segundo o secretário de Transportes e Infraestrutura, Rafael Hahne, não há, no entanto, um projeto para implantação do e livre na Capital catarinense. O objetivo, de acordo com Hahne, é ter o máximo de informações que subsidiem um debate sobre o assunto.
Mesmo com a pesquisa em andamento, há entendimento na prefeitura de que a implantação da tarifa zero em Florianópolis dependeria de mudança da legislação para garantir a divisão da conta também com o Estado e a União, com a criação de um fundo de transporte.
Hoje a Prefeitura da Capital gasta de R$ 7 a R$ 11 milhões por mês com subsídios, para gratuidade ou descontos a idosos, estudantes e pessoas com deficiência.
Está ocorrendo uma articulação nacional na defesa do e livre, liderada por vereadores e deputados de partidos de esquerda. Foi nesse embalo que a Câmara de Florianópolis aprovou, no primeiro semestre, a criação de uma Frente Parlamentar da Tarifa Zero no transporte coletivo.
Defensores do modelo apostam na inclusão social e na migração natural de quem anda de carro para o modal público – o que não ocorreu em boa parte das cidades que aderiram.
Várias perguntas devem ser colocadas na mesa. A principal delas é: o cidadão, que já paga bastante subsídio, está disposto a contribuir ainda mais? Afinal, não tem almoço grátis! Ou tem?