Caverna de Botuverá: conheça de perto a maior e mais ornamentada caverna do Sul do país 1052r

Obra da natureza, a Caverna de Botuverá é um eio turístico que fica dentro de uma imensa rocha de mais de mil metros de extensão 26 outubro 2022 às 09h48 7 Minutos Patricia Stahl Gaglioti Enviar no WhatsApp 5ym2s

Quando você entrar na Caverna de Botuverá considere que está visitando a parte de dentro de uma imensa rocha de mais de mil metros de extensão. Se hoje é possível conhecê-la por dentro é porque há 65 milhões de anos, a água da chuva vem se infiltrando por fendas e escavando dia após dia suas rochas, formando vãos e aberturas que permitem a agem do ser humano.

Caverna de Botuverá por dentroCaverna de Botuverá por dentro – Foto: Prefeitura Municipal de Botuverá

A mais ornamentada caverna de toda região sul do Brasil recebe o nome do município onde está localizada. Botuverá é uma pequena cidade catarinense do Médio Vale do Itajaí, na região turística conhecida como Vale Europeu. O nome, que em Tupi-Guarani tem como possíveis significados “bons brilhantes”, “pedra preciosa” ou “montanhas brilhantes” faz jus ao seu território.

Na cidade, há muitos minérios, incluindo ouro, ferro e cobre, extraídos de diferentes tipos de rochas – responsáveis pela principal atividade econômica industrial de Botuverá, relacionada à sua extração e comercialização. O calcário é também o tipo de rocha encontrada na Caverna de Botuverá.

O local foi descoberto apenas na década de 1960. Desde 2000, a Prefeitura Municipal de Botuverá istra o terreno onde a caverna se encontra e criou ao redor dela o Parque Municipal das Grutas de Botuverá. O espaço fica na localidade de Ourinho, a 15 quilômetros da região central da cidade.

Ao longo dos anos, pessoas de diferentes regiões do Brasil e do mundo já visitaram a Caverna Botuverá. Turistas da América Latina, de Portugal, Rússia, China e Japão estiveram por lá. Quer ir também? Saiba a seguir como fazer esse eio turístico.

O que conhecer dentro da Caverna de Botuverá? t385h

Para chegar até o ponto específico onde está a caverna dentro do Parque Municipal das Grutas de Botuverá é preciso caminhar por apenas dois metros até a escadaria que conduz à caverna. São cerca de 100 degraus de subida até o pequeno e único portão de o à gruta.

O caminho logo na entrada é estreito, onde só a uma pessoa por vez. Uma escada interna conduz ao primeiro espaço. Ao todo são sete, mas nem todos estão abertos ao público. Em alguns a visitação só é permitida para estudo.

O maior salão da Caverna de Botuverá tem mais de 20 metros de altura de esculturas naturais. Ali, as estalactites que partem do teto e as estalagmites que se originam no chão se encontram e formam colunas que chegam a dez metros de diâmetros.

Esses nomes complicados se referem a formações minerais como resultado de processos químicos. Funciona assim: a água da chuva se infiltra por fendas no topo da rocha e começa a gotejar. Essas gotas vão carregando junto partículas de calcário.

Em um processo muito lento e com ajuda do gás carbônico atmosférico, vão se solidificando e ficam como cones pendurados no teto. Essas são as estalactites.

O processo de formação das estalagmites é o mesmo, mas no sentido contrário. A água que escorre do teto da caverna e também a que verte do chão vão depositando o calcário no solo. Com o tempo, vai crescendo uma estrutura a partir da superfície em direção ao teto.

Observar essa obra da natureza é também uma oportunidade de refletir e confrontar nossa noção de tempo. É difícil ter a dimensão do que significam milhões de anos, porque está muito além da existência do homem na terra e dos períodos históricos que costumamos estudar.

Para você ter uma ideia, as estalactites crescem apenas um centímetro a cada 100 anos. A maior delas da Caverna de Botuverá tem seis metros de comprimento. Ou seja, ela demorou 60 mil anos para ter esse formato.

É também no salão principal que se encontra uma formação geológica chamada de chão de estrelas, e é fácil entender o motivo. Pequenos cristais de minério de carbonato de cálcio vão se depositando em cima de rochas, que no escuro do subterrâneo brilham como um céu estrelado.

No salão denominado de Catedral, pode-se imaginar o futuro encontro entre uma estalactite que desce do teto e uma estalagmite que sobe do chão. Próximas uma da outra fazem lembrar a obra “A criação de Adão”, de Michelangelo.

A pintura no teto da Capela Sistina, no Vaticano, mostra Deus e o homem com os dedos indicadores quase se tocando, como quase se tocam essas rochas milenares brasileiras.

Todo o eio pela Caverna de Botuverá é um misto de deslumbramento, reflexão e exercício de imaginação. Nas muitas e diversificadas formações geológicas da gruta é possível identificar diferentes imagens.

Ao observar bem o formato das esculturas naturais, surgem aos olhos castelos, leões, altares e quantas outras coisas que suas referências possam ajudá-lo a visualizar.

Quanto tempo dura a visita à Caverna de Botuverá? 4g2e31

O eio pela Caverna de Botuverá dura 45 minutos. Tempo suficiente para percorrer cerca de 200 metros de galerias, túneis e salões subterrâneos. A visitação é feita em grupos de até 20 pessoas por vez, totalizando no máximo 195 pessoas por dia.

Para a segurança dos visitantes, o parque faz uma série de recomendações que precisam ser obedecidas. Só é possível entrar na Caverna de Botuverá usando tênis, de preferência com solado antiderrapante, e capacete. Não é permitido entrar na gruta sem o guia.

Lá dentro, são proibidas fotos e filmagens para que não haja qualquer tipo de deterioração do ambiente devido a compostos químicos de aparelhos eletrônicos.

Além disso, as mãos precisam se manter livres o tempo todo, caso seja preciso segurar em alguma corda. Há trechos no interior da caverna que podem estar bastante escorregadios.

Qual valor da visita à Caverna de Botuverá? 2f65b

As visitas são feitas de terça a domingo, no horário de funcionamento do Parque Municipal das Grutas de Botuverá. Na primavera e no verão, o espaço abre das 8h às 17h. No outono e inverno, das 8h às 16h.

O ingresso normal custa R$ 25. Crianças de quatro a 12 anos, pessoas acima de 60 anos e estudantes, mediante apresentação de carteirinha, pagam R$ 12,50. Crianças menores de quatro anos não podem entrar na gruta, por questões de segurança.

O parque ainda oferece uma praça de alimentação e um espaço com churrasqueiras. Para quem não pode ou não quer visitar a caverna, é possível fazer uma trilha pela mata até uma cachoeira. Outra opção é conhecer o museu a céu aberto que conta a história da cidade por meio de peças, artefatos e engenhos antigos.

O parque possui área de estacionamento para carros e um espaço exclusivo para ônibus.

Como chegar na Caverna de Botuverá? 311y67

Parque Municipal das Grutas de Botuverá – Foto: Prefeitura Municipal de BotuveráParque Municipal das Grutas de Botuverá – Foto: Prefeitura Municipal de Botuverá

O Parque Municipal das Grutas de Botuverá, onde fica a Caverna de Botuverá, fica na localidade de Ourinho, a 15 quilômetros do Centro da cidade.

São aproximadamente 20 minutos de carro pela SC-486. A maior parte do trajeto é asfaltada. Apenas os últimos 800 metros são de estrada de chão. Ao longo do caminho há placas indicativas para o parque.

Distância das cidades próximas 5m301g

Botuverá é uma cidade no Médio Vale do Itajaí, fazendo divisa com os seguintes municípios: Blumenau, Indaial, Guabiruba, Nova Trento, Vidal Ramos, Presidente Nereu e Brusque. Está a 117 quilômetros de distância de Florianópolis. O aeroporto mais próximo é o de Navegantes, a 74 quilômetros.

Para quem for de carro, acompanhe abaixo a distância entre cidades de diferentes regiões de Santa Catarina e as vias para chegar até Botuverá.

Distância de ville a Botuverá: 140 quilômetros. O o é pela BR-101 e SC-486. Atenção! Há pedágio pelo caminho.

Distância de Blumenau a Botuverá: 55 quilômetros, via SC-486.

Distância de Florianópolis a Botuverá: 118 quilômetros. O principal o se dá pela BR-101.

Distância de Lages a Botuverá: 195 quilômetros, pela SC-486 ou pela SC-470, que é asfaltada, via Vidal Ramos.

Distância de Chapecó a Botuverá: 493 quilômetros. Os principais os são pela BR-282 e BR-470.

Distância de Criciúma a Botuverá: 260 quilômetros pela SC-108.

Explore mais conteúdos da cidade 1h2v1k