Sol raiando e ventos favoráveis: a manhã de quarta-feira (5) em Itajaí, Litoral Norte de Santa Catarina, estava perfeita para velejar. Por isso, a equipe do ND+ embarcou no barco-escola da ANI (Associação Náutica de Itajaí) para ter um gostinho do que os competidores da The Ocean Race enfrentaram nos últimos 37 dias.
O eio no Rio Itajaí-Açu, é claro, não tem a adrenalina e as adversidades que os veleiros enfrentam em alto mar, mas é o suficiente para dar, a quem nunca velejou, uma ideia do que é esse esporte.

Se engana quem acredita ser uma atividade distante e cara. Velejar demanda mais atenção -ao vento, ao mar, à chuva ou sol, às velas, ao leme, ao redor do barco- do que, de fato, dinheiro. Quem nunca velejou consegue controlar de forma rápida o barco.
Entramos em um dos 22 barcos atracados na ANI, no Rio Itajaí-Açu. Chegar até lá é fácil: a associação fica na Avenida Ministro Victor Konder, a famosa Beira-Rio, a 800 metros do Centreventos Governador Luiz Henrique da Silveira, onde está instalada a Ocean Live Park.
A embarcação de 34 pés é de Elson Valter Oliveira Júnior. Ele veleja há cerca de oito anos, e este é o terceiro barco dele. O primeiro tinha 22 pés e foi comprado quando Elson começou a aprender a velejar. “Esse é a realização de um sonho”, conta. O brilho nos olhos reflete o amor pelo mar.
É ele quem nos leva para velejar. Antes de sair, no entanto, é preciso conferir se o barco está em perfeitas condições. Combustível, cabos, e o espaço ao redor. Tudo importa para que a navegação seja tranquila. Qualquer objeto próximo, como o lixo que vai parar no mar, pode atrapalhar o barco.

Elson conta que casos assim são até comuns: não é raro que um móvel velho descartado no rio bata em um dos barcos, ou uma rede de pesca mal sinalizada enrosque no leme. Nestes casos, quem precisa mergulhar e cortar a rede, ou reparar o casco, são os próprios donos das embarcações.
Assim como os velejadores da The Ocean Race, quem veleja não faz só isso: é também necessário saber como reparar a embarcação em caso de emergência, se comunicar pelo rádio, saber os princípios básicos da engenharia dos veleiros. “Em caso de emergência, a gente precisa saber o que fazer, porque, por exemplo, a Marinha pode demorar a chegar, e a gente precisa dar um jeito”, conta Elson.
Estando tudo certo para sair, é hora de ligar o motor. Apesar dos veleiros serem movidos pelos ventos, é preciso estar um pouco mais longe do píer para conseguir abrir as velas e deixar o vento levar o barco. Um veleiro tem duas velas, a mestra e a genoa.
Já no meio do caminho, Elson e Anderson Manoel da Silva se comunicam com sinais (Anderson é surdo, mas isso não o impede de ser um dos melhores velejadores da ANI): é hora de abrir as velas.
Em frente ao leme, uma espécie de dá as informações necessárias: velocidade e direção do vento, velocidade do barco, localização e trajeto. Além de estar de olho no ambiente ao redor -novamente, tudo pode acontecer- é necessário ficar atento aos sinais que a tecnologia nos dá.
Com as velas já abertas e no meio do Rio Itajaí-Açu, o vento de aproximadamente 8 nós nos leva a uma velocidade de 2 a 3 nós – entre 3 e 5 km/h.
Na bacia do rio, é preciso desviar- além do lixo- das boias do Porto, que sinalizam aos gigantes navios de contêineres o caminho a ser feito. Eles, aliás, são objeto da maior atenção dos velejadores.
Quando o barco dos práticos sai do porto, é sinal que, em breve, um navio carregado deve sair também, e é preciso manter a atenção. Além dos veleiros e navios gigantes, quem também ocupa o rio são os pescadores locais e donos de lanchas.
Além de ocupar o mesmo espaço, os barcos a motor fazem ondas que chacoalham os veleiros, fazendo com que eles se inclinem lateralmente.

Mas não é preciso ter medo: a quilha do veleiro (uma estrutura que fica no fundo da embarcação) faz uma força contrária à do vento ou da onda, impedindo que ele tombe. Isso, nos barcos maiores, como o que estamos. Em barcos menores, a quilha pode não ter tamanho suficiente, comparado à vela, para segurar a embarcação em situações assim. “E aí, faz o quê"});!function (e, f, u, i) {if (!document.getElementById(i)){e.async = 1;e.src = u;e.id = i;f.parentNode.insertBefore(e, f);}}(document.createElement('script'),document.getElementsByTagName('script')[0],'//cdn.taboola.com/libtrc/grupond-ndmais/loader.js', 'tb_loader_script');if(window.performance && typeof window.performance.mark == 'function') {window.performance.mark('tbl_ic');}// Remover os listeners após a execução document.removeEventListener('click', loadTaboola);document.removeEventListener('touchstart', loadTaboola);document.removeEventListener('mousemove', loadTaboola); // Opcional: considerar outros eventos document.removeEventListener('keydown', loadTaboola); // Opcional: considerar outros eventos }document.addEventListener('click', loadTaboola);document.addEventListener('touchstart', loadTaboola); // Para dispositivos móveis document.addEventListener('mousemove', loadTaboola); // Opcional: para detectar movimento do mouse document.addEventListener('keydown', loadTaboola); // Opcional: para detectar pressionamento de tecla });