Os primeiros dias da etapa da The Ocean Race rumo à cidade de Itajaí, no Litoral Norte de SC, têm sido desafiadores. O veleiro GUYOT Team Europe suspendeu a corrida nesta quarta-feira (1°) e retorna agora para a África do Sul para avaliar os problemas encontrados no barco. Já a equipe Team Malizia pretende consertar o mastro da embarcação ainda em alto mar.
Primeiros dias da terceira etapa da The Ocean Race são repletos de desafios – Foto: GUYOT Team Europe/The Ocean Race/Reprodução/ND
Na manhã desta quarta-feira, enquanto navegava com ventos de 20 a 25 nós, a tripulação do barco GUYOT Team Europe ouviu dois ruídos consecutivos.
Após uma inspeção, eles descobriram movimentos anormais no fundo do casco na área de convivência, que indicaram um problema estrutural.
“Dada a posição atual do barco e a distância até a chegada em Itajaí, infelizmente é melhor para a tripulação e para a integridade do barco voltar para a Cidade do Cabo” disse Thomas Cardrin, diretor técnico da equipe.
Barco retorna para a Cidade do Cabo, na África do Sul – Foto: The Ocean Race/Reprodução/NDO time ocupava a segunda colocação na disputa no momento em que percebeu a falha. Como estavam a cerca de 600 milhas náuticas da Cidade do Cabo, de onde partiram no último domingo (26), a decisão tomada pela equipe foi retornar para fazer os consertos necessários.
O time técnico aguarda uma inspeção mais detalhada no barco, que será feita na África do Sul, para então montar um plano de ação para os reparos.
Enquanto isso, o veleiro do Team Malizia terá que ar por um reparo complicado no mastro nesta quinta-feira (2).
O time descobriu uma rachadura de 30 cm de comprimento no mastro, e trabalhou com sua equipe técnica em um plano para efetuar o reparo no mar.
Equipe percebeu estrago em mastro do veleiro – Foto: Team Malizia/The Ocean Race/Reprodução/ND“O reparo deve dar ao mastro a mesma resistência de antes e permitir que a equipe continue navegando com o uso total de todas as velas. Se a tripulação não estiver totalmente satisfeita com o reparo, eles ainda poderão continuar, mas com velas reduzidas. Como a equipe precisa de muitas horas para fazer isso eles vão esperar até a primeira luz para começar e continuar com vela reduzida até então”, afirmou o capitão Boris Herrmann.
O desafio será realizar o conserto no mar, preso ao topo de um mastro de 28 metros, balançando nas ondas do Oceano Antártico, em uma operação delicada para a equipe.
Na noite de terça-feira (28), os velejadores do time alemão já tinham perdido uma das velas. A vela saiu do gancho e caiu no mar, e precisou ser cortada para evitar danos à quilha da embarcação.
Enquanto isso, a equipe Holcim – PRB segue na liderança da etapa, velejando com ventos de 20 nós, segundo a última atualização publicada na noite desta quarta-feira. O barco ainda está a 12,1 mil milhas náuticas de distância de Itajaí, onde deve atracar nos primeiros dias de abril.
A equipe americana 11th Hour Racing Team aparece em segundo lugar, seguida do Team Malizia. Em quarto lugar está o time francês Biotherm.
Os veleiros competem na terceira etapa da The Ocean Race, a mais desafiadora e longa da história da competição, que saiu da África do Sul e chegará em Itajaí, no Litoral Norte do Estado, no início de abril.
